A Dívida Pública Federal (DPF) aumentou 2,82% em termos nominais na passagem de abril para maio, somando R$ 2,878 trilhões. Pelas metas estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF deve oscilar entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões neste ano.

Segundo nota divulgada pelo Tesouro Nacional, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 2,77%, para R$ 2,744 trilhões em maio. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 134,7 bilhões (US$ 37,47 bilhões), o que representa alta de 3,94% na comparação com os números de abril.

No quinto mês de 2016, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 55,8 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 11,5 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 44,3 bilhões. A incorporação de juros somou R$ 34,8 bilhões.

O percentual vincendo da dívida interna em 12 meses ficou em 20,76%, contra 19,15% em abril. O prazo médio da dívida interna fechou maio em 4,55 anos, ante 4,64 anos em abril.

Considerando a metodologia “Average Term to Maturity”, que permite maior comparabilidade do Brasil com outros países, a vida média da dívida pública federal passou de 6,75 anos em abril para 6,63 anos em maio.

Participação dos investidores

A participação de investidores estrangeiros na DPMFi caiu em termos percentuais em maio, saindo de 17,39% do total em abril para 16,60% um mês depois. Em valor absoluto, a fatia aumentou de R$ 464,29 bilhões para R$ 455,54 bilhões.

As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 22,87% da DPMFi, contra 21,86% em abril. Os fundos de investimento elevaram a participação para 21,30% em maio, ante 20,87% em abril. As instituições de previdência fecharam maio com 23,72%, depois dos 24,14% de abril. O governo diminuiu sua fatia de 5,93% para 5,77%. Já as seguradoras reduziram de 4,71% para 4,62%.

Composição da dívida

A participação de papéis pós­fixados na DPMFi diminuiu de 27,43% para 27,11% entre abril e maio.

Pelas metas estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), o volume de pós­fixados deve oscilar entre 30% e 34% neste ano. Considerando, então, a dívida total, a participação desses papéis recuou de 26,16% em abril para 25,84% no mês passado.

A fatia de papéis prefixados passou de 35,75% da DPMFi em abril para 36,66% em maio. Os títulos indexados a índices de preços, por sua vez, terminaram maio em 35,63% da dívida interna, ante 36,23% um mês antes. Os ativos corrigidos pelo câmbio fecharam com fatia de 0,60%, após 0,59% em abril.

O PAF de 2016 prevê que os títulos prefixados devem variar entre 31% e 35% da Dívida Pública Federal. Já os papéis atrelados a índices de preços devem ficar entre 29% e 33% da DPF neste ano. Para os títulos atrelados à taxa de câmbio, a banda é 3% a 7%.

Em maio, os papéis atrelados a títulos prefixados representaram 35,32% da DPF, enquanto aqueles ligados a índices preços corresponderam a 33,96% e aqueles relacionados com taxa de câmbio, 4,88%.

 

Via Valor Econômico