Com uma robusta alta de 82,8% no primeiro trimestre do ano, a exportações de algodão geraram uma receita de US$ 976 bilhões, dando continuidade ao forte crescimento registrado em 2019, quando os embarques do produto totalizaram US$ 2,640 bilhões, com um aumento de 56,5% sobre o total embarcado para o exterior em 2018.
Os números dos três primeiros meses deste ano, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, não indicam nenhum reflexo da pandemia do coronavírus sobre as exportações do produto. Ainda assim, aguarda-se com expectativa os dados relativos às exportações de abril, mês em que as vendas externas de algodão podem vir a apresentar –ou não- uma primeira retração nos últimos meses devido à propagação da Covid-19 pelo mundo.
Com o forte aumento das exportações entre os meses de janeiro e março, o algodão foi responsável por 1,97% das exportações totais do Brasil, ocupando a décima-terceira posição entre os principais produtos produtos exportados pelo país e o terceiro item na relação exportadora do agronegócio.
E se a alta das exportações totais atingiu o percentual de 82,8%, os embarques para a China cresceram ainda mais, com um aumento de 119,1%, gerando receita no total de US$ 280 milhões. A China respondeu por 28,7% das vendas totais de algodão e foi o principal mercado para o produto brasileiro no exterior.
Ainda que em valores muito inferiores aos alcançados pelas vendas para a China, o Paquistão apareceu como segundo maior importador do algodão nacional, graças a um aumento de impressionantes 879% de janeiro a março, no valor de US$ 118 milhões. O Paquistão foi o destino final de 12,1% das exportações totais do Brasil.
Maior exportador de algodão entre todos os estados brasileiros, Mato Grosso ampliou em 90,1% suas vendas externas do produto, com uma receita de US$ 667 milhões, equivalentes a uma fatia de 68,4% dos embarques de algodão realizados pelo país no primeiro trimestre deste ano.
Entre os demais exportadores de algodão também merecem destaque a Bahia (US$ 146 milhões e participação de 15%), São Paulo (US$ 96 milhões e participação de 9,88%), Goiás (US$ 23 milhões e participação de 2,35%) e Maranhão (US$ 11 milhões e participação de 1,09%).
Via Comex do Brasil