As exportações catarinenses de abril alcançaram US$ 688,1 milhões, com crescimento de 4,3% frente às do mesmo mês do ano passado e queda de 10,5% na comparação com o mês anterior, março. No acumulado do ano, tiveram alta de 17,1%.

A Operação Carne Fraca, que gerou suspensão temporária de compras pela Coreia do Sul e Hong Kong, afetou o resultado, especialmente de frango, que teve uma retração de 7,7% no mês frente a abril de 2016. A queda de 13,6% nas exportações de soja também puxou o resultado para baixo. Os destaques positivos foram as altas de vendas externas de carne suína (35%), partes de motores (35%), motores elétricos (47%), tabaco (28,6%), madeiras (28,9%) e automóveis (22.874,8%).

No caso do frango, além da restrição de compras devido à operação da Polícia Federal, pesaram também o fato de o Brasil ter alcançado vendas recordes ao exterior do produto em abril de 2016 e de o mês considerado ter tido mais feriados. As exportações de soja caíram devido às menores compras da China, mas o país asiático havia antecipado a compra do produto brasileiro.

Apesar do desempenho de março menor que o do Brasil (15,1%), SC manteve a média de 3,9% das exportações nacionais este ano. É que em janeiro registrou alta de 37%, fevereiro 13% e março, 24%. Os principais destinos, em abril, foram os EUA, China, Argentina, Rússia e México.

As importações foram melhores. Alcançaram US$ 928,6 milhões, 24,9% mais do que em abril de 2016 e 22,4% no acumulado do ano. SC alcançou a segunda posição entre os Estados importadores, só atrás de São Paulo.

Em melhor ritmo
A Sondagem Industrial de março feita pela Fiesc mostra um melhor ritmo do setor. Além do faturamento, que cresceu 16% no mês frente ao anterior, o total de horas trabalhadas avançou 6%, a massa salarial 1,2% e a ocupação de pessoas, 0,46%.

No levantamento sobre intenção de investir, a pontuação de SC ficou em 51,2%, maior que a média nacional de 47%. Quanto às expectativas para os próximos seis meses, empresas de pequeno porque mostraram índices menores, o que indica mais pessimismo.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti