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Industria da Região Sul marca posição em defesa da reforma tributária e outras medidas

Numa clara demonstração da força e competitividade da indústria da Região Sul, os presidentes das federações industriais de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar; Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry; e do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro; foram para audiências em Brasília acompanhados de líderes de grandes grupos industriais da região. Eles cobraram do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, a realização da reforma tributária.

Além disso, defenderam outras medidas para o setor ser mais competitivo globalmente, em especial a neoindustrialização, que significa uma reinvenção da indústria com foco na preservação ambiental (baixa emissão de carbono). A lista de pleitos incluiu também a necessidade de corte de gastos públicos e melhoria da logística.

De SC, participaram Mario Cesar de Aguiar, Felipe Hansen (Grupo Tigre), Carlos Rodolfo Schneider (Grupo H. Carlos Schneider), Daniel Godinho (WEG), Rui Altenburg (Altenburg), José Spricigo (Librelato), Neivor Canton (AuroraCoop) e Vilson Hermes (Grupo Dass).

No grupo paranaense, participaram Carlos Martins Pedro, mais Sérgio Wuaden (Roca Brasil Cerâmicas), Alexandre Parker Machado (Grupo Volvo), Marcus Vinícius Aguiar (Renault), Renato Farias (Bosch), Ricardo Guimarães (Electrolux) e Conrado Fukuda Gomes (Thyssenkrupp).
Do Rio Grande do Sul,  além de Gilberto Petry, participaram Mauro Bellini (Marcopolo), Daniel Randon (Grupo Randon), Mauricio Harger (CMPC), José Agnelo Seger (Grupo Herval e iPlace), Erasmo Battistela (setor de biocombustíveis), Claudio Bier (Masal) e o ex-ministro Francisco Turra.

– Conversamos muito sobre a reforma tributária, trouxemos as nossas preocupações e sugestões de melhorias. Certamente que o setor produtivo quer uma reforma tributária urgente, mas que não venha com elevação de carga tributária. Esse é o grande tema que defendemos. Precisamos da reforma porque ela dará competitividade para o Brasil, mas não poderá, em hipótese alguma, ter aumento de carga – destacou Mario Cezar de Aguiar.

De Alckmin, os industriais ouviram que a reforma tributária poderá ser aprovada até agosto na Câmara dos Deputados. No Congresso, ouviram de Arthur Lira de que a votação da matéria será na semana de 3 a 7 de julho. Depois, passará pelo Senado.

A reforma tributária será aprovada este ano porque é um assunto já discutido há cerca de três décadas e agora está maduro. Existe posição favorável do Congresso Nacional, do governo federal, demais setores públicios e sociedade brasileira de que essa reforma precisa ser feita este ano. Mas, existem dúvidas de governos estaduais e prefeituras de grandes cidades sobre como ficarão esses entes com a unificaçao da arrecadação. Estados e municípios gostariam de seguir com autonomia nessa área. Apesar das divergências, uma reforma possível será feita em 2023.

via NSCTotal – Coluna Estela Benetti