A pedido do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), a comissão geral da Câmara dos Deputados promoveu nesta quinta-feira (28), importante debate sobre a reforma tributária, que está em análise na comissão especial da Casa.

Convidado pelos partidos Democratas (DEM) e PSOL, o presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Charles Alcantara, apresentou em plenário os pontos defendidos pela entidade, com ênfase no fortalecimento do Fisco, redistribuição de receitas e progressividade tributária.

Na ocasião, Hauly afirmou que todas as discussões sobre o Sistema Tributário Nacional, iniciadas a partir da Constituição de 1988 foram compiladas em sua proposta, que visa simplificar o modelo atual. “Não há combate à pobreza maior do que a reforma tributária”, declarou.

Diante do atual cenário de crise, Alcantara destacou a necessidade da revisão do pacto federativo, como caminho para o reequilíbrio fiscal dos entes federados. Ele citou matéria publicada pelo jornal Valor Econômico, sobre vertiginosa crise que assola 15, dos 26 estados, limitando capacidade de investimento em infraestrutura, saúde, educação.

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Para o auditor fiscal, a centralização de recursos nos cofres da União favorece a injustiça social e a ineficiência econômica. “A sociedade brasileira, demandante de serviços públicos, sofre as consequências dessa concentração de receita. Uma reforma tributária necessária ao país não pode prescindir do equilíbrio do pacto federativo e do respeito à autonomia política dos entes”, defendeu.

SOLIDARIEDADE FISCAL

O dirigente sindical reivindicou, que a proposta do tucano incorpore diretrizes que garantam o estado de bem-estar social, o desenvolvimento econômico do país, por meio da progressividade tributária, a equidade na tributação do Imposto de Renda e redução da tributação do consumo. “É preciso deslocar a tributação da pessoa jurídica, para a pessoa física e aumentar a tributação sobre as altas rendas, sobre o patrimônio. Para que tenhamos um país solidário, é necessário que haja, antes de tudo, a solidariedade fiscal, com os ricos contribuindo mais com a renda nacional e os pobres não sendo tão sacrificados”, avaliou.

Ao final e não menos importante, a Fenafisco defendeu, fervorosamente que a reforma pretendida englobe recursos e fontes de financiamento confiáveis para a Seguridade Social, Previdência Pública e saúde, além de esforços para tornar a Administração Tributária uma estrutura de estado autônoma, para se fazer cumprir as leis tributárias.

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Assista na íntegra a fala do Presidente Charles Alcântara:

 

Via Fenafisco