A chance de a reforma da Previdência ser aprovada com a permanência do presidente Michel Temer no cargo é remota. É o que conclui uma pesquisa encomendada pela Federação do Fisco nos Estados e no Distrito Federal (Fenafisco) ao site Congresso em Foco. Entrevistas realizadas com líderes dos partidos nos dias 25 e 26 de maio, uma semana após a divulgação da delação da JBS, revelam que apenas 5% dos congressistas ouvidos acreditavam que a proposta seria aprovada no governo Temer sem novas alterações. Para 14%, a reforma passaria, mas com mudanças no texto aprovado na comissão especial que tratou do tema.

Outros 36% responderam que a reforma será adiada para um eventual sucessor de Temer e 21% disseram que a proposta será rejeitada. Para 12%, o texto será arquivado, e outros 12% não responderam. Foram ouvidos 42 parlamentares da Câmara e do Senado, e quase 70% deles integram a base de apoio do governo. O levantamento contou com a parceria do Instituto Brasileiro de Análise de Dados (Ibpad).

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, admite que o cenário mudou, mas que os números do Planalto são diferentes dos dados da pesquisa. Segundo ele, não houve baixa no número de votos que o governo contabilizava antes da crise. Falta agora, destaca, reiniciar um trabalho de articulação política.

O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que as articulações continuam e a expectativa do governo é de finalizar a votação na Câmara ainda no primeiro semestre.

 

Via O Globo