Revisão da nota do Estado só deve ser divulgada em dezembro

Santa Catarina recebeu nesta terça-feira (29) visita da Fitch Ratings, uma das mais importantes agências internacionais de classificação em atuação no Brasil. Na pauta está a revisão da nota do Estado, processo realizado anualmente e que é obrigatório. A nova nota só deve ser divulgada no final do ano.

Em dezembro de 2014, a Fitch Ratings deu nota BBB- para Santa Catarina. Quase um ano depois, a expectativa da Secretaria de Estado da Fazenda é de que o Estado mantenha o selo de bom pagador, o que também depende do desempenho do Brasil. Diretor de Captação de Recursos e da Dívida Pública da SEF, Wanderlei Pereira das Neves explica que o rígido controle entre receita x despesa e o pagamento em dia das contas estão entre os indicadores que pesam a favor de Santa Catarina nesse processo de avaliação. “O que pode pesar contra é a nota do Brasil: as agências dificilmente classificam os subnacionais (Estados) com nota superior ao soberano (União)”, explica Wanderlei Pereira das Neves.

Diretor Internacional para Finanças Públicas da Fitch Ratings, Paulo Fugulin observa que a nota de Santa Catarina só deve ser divulgada em dezembro. Mesmo não antecipando nenhum detalhe do novo relatório, que é elaborado pelo colegiado da Fitch Ratings, o especialista elogiou a transparência da gestão Colombo. “Sem dúvida, a transparência da gestão é um diferencial de Santa Catarina e deve nos ajudar a consolidar as informações necessárias para a reavaliação do rating do Estado”, disse o especialista pouco antes de voltar a São Paulo.

Nota – O rating é uma análise realizada pelas agências especializadas sobre a capacidade de uma instituição (País, Estado, Município) de saldar compromissos financeiros nas datas e condições contratadas. As notas são instrumentos relevantes para os investidores porque refletem uma opinião independente sobre o risco de crédito da dívida. O rating foi contratado pelo Governo do Estado no segundo semestre de 2012. A avaliação foi uma das condições para a contratação de operações de crédito com organismos internacionais, o que habilitou o Estado a receber financiamentos com taxas de juros muito mais atrativas que as praticadas no mercado interno.

Via SEFAZ/SC