JorginhoMelloTiagoGhizoni 800x531 1

Jorginho Mello disse que será possível economizar R$ 2,1 bilhões

Ao fazer um balanço dos seis primeiros meses da sua gestão, o governador Jorginho Mello (PL), na área econômica, falou de ajustes feitos para conter despesas, crescimento da arrecadação e mostrou confiança de que o Estado terá recursos para executar os principais projetos prometidos. Ele foi entrevistado durante uma hora pelos colunistas da NSC, Ânderson Silva, Dagmara Spautz, Raphael Faraco, Renato Igor e por mim.

Conforme o governador, o primeiro semestre foi de bastante trabalho para tentar ajustar as contas do Estado. Mas, pelos avanços alcançados, acredita que será possível fechar o ano com as contas em equilíbrio.

– Cortamos 50% (de recursos) de todas as secretarias. Foi um berreiro. Só não cortamos da Educação e Saúde. Foi uma redução de custeio. Vamos economizar até o final do ano R$ 2,1 bilhões. Com o Pafisc, o Plano de Ajuste Fiscal, cortando, modernizando, desburocratizando, fazendo alterações e inovando – afirmou o governador.

Segundo ele, somente as contratações para o setor de segurança, polícia e sistema prisional, foram poupadas. Com isso, o Estado fez economia. Lembrou que o “furo”, ou seja, o déficit apurado no início do ano foi de R$ 2,8 bilhões e, com a economia de R$ 2,1 bilhões já deu para começar a respirar.

Sobre a arrecadação, que começou baixa em função das reduções de alíquotas dos combustíveis, energia e telecomunicações de 25% para 17% no ano passado, Jorginho Mello disse que foi possível começar a recuperar um pouco com o acordo dos estados. Ele se referiu à mudança das alíquotas dos combustíveis, que passaram para valores fixos por litro. Medidas do Pafisc também vão ajudar a arrecadar mais.

Uma das preocupações do governo é o alto custo da folha de pessoal, que somente em 2022 cresceu mais de R$ 3,5 bilhões com reajustes concedidos no governo anterior. Segundo o governador, foram criadas quatro secretarias sem aumento de custos. Além disso, o Estado cancelou 609 cargos de comissão.

Ao falar do Universidade Gratuita, promessa de governo e, portanto, um dos projetos prioritários, o governador disse que não vai faltar recursos para a execução durante os quatro anos. Os investimentos em infraestrutura na recuperação de rodovias estaduais, outra prioridade, serão feitos com financiamento que está sendo obtido com o BNDES e outros bancos, no valor de R$ 1,3 bilhão.

Apesar de ter tido uma surpresa quando assumiu – o déficit de R$ 2,8 bilhões – numa fase de baixa expectativa de crescimento econômico, o governo de Jorginho Mello foi bem no seu primeiro semestre. A arrecadação total chegou a R$ 22,6 bilhões, para um orçamento de pouco mais de R$ 44 bilhões. O crescimento econômico acima do esperado no Estado e no país ajudou e, deve ser ainda mais favorável no segundo semestre.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti