O governador Raimundo Colombo participou, na noite desta quinta-feira, 13, da abertura da ExpoLages, no Parque de Exposições Conta Dinheiro, em Lages. A feira, considerada uma das maiores e mais tradicionais do agronegócio catarinense, recebeu investimentos de R$ 270 mil do Governo do Estado.

O convênio foi assinado pelo governador e pelo presidente da Associação Rural de Lages, Marcio Pamplona. Nesta edição, haverá exposição 1,5 mil animais entre bovinos, equinos e ovinos. O evento segue até domingo, 16, e atrai produtores e investidores em busca de negócios e conhecimentos.

“Certamente, o evento será um  grande sucesso mais uma vez. A ExpoLages integra, reúne, discute conhecimento e aperfeiçoa. Nós temos avançado muito nos últimos anos no agronegócio, tanto em volume, quanto em qualidade. A feira é um campo importante para discutir esses avanços e aperfeiçoar ainda mais. O agronegócio é o setor que mais está crescendo na economia do Brasil e em Santa Catarina, inclusive sobre o ponto de vista de empregos e na sustentação do desenvolvimento”, disse o governador.

A ExpoLages foi realizada pela primeira vez em 1920, há 96 anos. Neste ano, a expectativa da organização é receber cerca de 30 mil pessoas. “Estamos aqui com uma expressiva representação da pecuária, do comércio, da indústria e prestação de serviços, que mostra a força de nossa região, de nosso Estado. Nossa expectativa de negócios é muito boa. A partir de sexta-feira, começam os leilões de animais, que são a principal atração da feira”, informou.

O governador ressaltou que Santa Catarina conta com milhares de produtores rurais em atividade. São eles que tornam SC um referência para o Brasil e o mundo e evitam que o estado precise importar determinados produtos. “Essas pessoas já têm a tradição do campo, muitas vezes, elas só precisam ver o seu negócio evoluir. Por isso, há razão de sobra para acreditarmos na atividade e fortalecê-la cada vez mais”, afirmou.

Em seu discurso, Raimundo  Colombo enfatizou as mudanças necessárias para o futuro do país. O governador lembrou que o ano do governo foi difícil, as despesas aumentaram e a arrecadação diminuiu. Destacou que a grande maioria dos estados aumentaram impostos. “Se queremos eficiência e competitividade, não há como repassar para o cidadão e para produção mais encargos, portanto não aumentamos impostos. E não cortamos investimentos. Só na área da agricultura foram R$ 160 milhões. Vamos conseguir fechar o ano bem, com tudo em dia. Hoje, com certeza, é o estado mais equilibrado fiscal e financeiramente do país. Mas é importante que se corte gastos”, ressaltou.

O governador ainda falou sobre o papel dos cidadãos neste momento crítico da economia brasileira. “Temos que fazer mais. Temos que diminuir o tamanho do Estado, cortar custos, corrigir as distorções e, para isso, a população tem que ajudar e expressar sua opinião. A PEC que está em votação no Congresso, por exemplo, a médio e longo prazo estabelece um teto, sempre menor que a inflação. Quando nós tivermos um crescimento econômico pleno, vamos reverter esse quadro e voltar a ter dinheiro para investimento. É uma medida fundamental a médio e longo prazo”.

Colombo também falou sobre a reforma da previdência e sobre como tornar os estados mais competitivos. “Se o Brasil não exportar, a gente não vence, porque o consumo interno não vai se aquecer rapidamente”, disse. Sobre a previdência em SC, ele lembrou que o déficit foi de R$ 3,1 bilhões no último ano, e do Governo Federal foi de R$ 180 bilhões. “Só há uma forma de mudar: pela lei e com a vontade das pessoas. Se não corrigirmos isso será muito mais difícil produzir neste país. O custo do Estado brasileiro hoje, seja pela burocracia, ineficiência ou carga tributária, inviabiliza o país que sonhamos e queremos construir. É tempo de mudança, momento de desafio, de reflexão sobre o que precisamos mudar”, finalizou.

 

Via Economia/SC