Cenário atual e perspectivas da economia do país e de Santa Catarina, foram os temas da palestra do governador Raimundo Colombo no início da noite da última segunda-feira, 30, em Joinville. As explanações ocorreram durante reunião do conselho administrativo da Associação Empresarial de Joinville (Acij). Na oportunidade, o governador assinou a autorização para início da pavimentação na Rua dos Suíços, no Bairro Vila Nova, uma parceria com a empresa Krona Tubos e Conexões.

“O desafio está presente todos os dias. O ano foi muito difícil, principalmente com a queda de arrecadação muito significativa, sobretudo no segundo semestre, mas nós conseguimos tocar todas as obras e manter o pagamento dos serviços em dia. São muitos os investimentos que vão continuar, sem falar nos novos que ainda serão feitos”, destacou Colombo.

O presidente da Acij, João Martinelli, disse que a entidade apoia o governador para melhorias na gestão do Estado. “Apoiamos o seu esforço na reforma da Previdência e reforçamos que sua palavra de não aumentar impostos o senhor vem cumprindo bem como os projetos de duplicação do eixo Hans Dieter Schmidt e da Edgar Meister que estarão prontos ate 15 de dezembro”.

Colombo falou sobre os desafios fiscal e estrutural. Fez referência ao fato de o governo ter gasto mais do que poderia, mas disse que a crise é uma oportunidade para fazer mudanças na estrutura do sistema. “Hoje no Estado nós temos aproximadamente 49 mil aposentados e 13 mil pensionistas. E isso gera um déficit mensal de R$ 250 milhões, então por isso, estamos fazendo essas mudanças que serão percebidas com os novos governantes”.

Garantias

Durante sua exposição, o governador garantiu que Santa Catarina não fará saque dos depósitos judiciais e ainda garantiu aos empresários que o ICMS ficará em 17% e a taxa geral de impostos em 25%. “Há R$ 6 bilhões em depósitos judiciais e nós não vamos sacar para evitar que haja um endividamento interno”.

Como exemplo de superação da economia, ele citou as aberturas de mercado com outros países. “A tendência é que 2016 seja um ano difícil, mas nós vamos superar, e um exemplos disso será o fato de Rússia e China abrirem mercado para o leite em pó; a Coréia para a carne suína e o turismo ficará em 8 milhões de visitantes neste ano”.

Segundo ele, todas as obras e investimentos previstos, já contratados, deverão ser mantidos porque os recursos estão garantidos. Destacou os 12 mil contratos do Governo sendo digitalizados e revistos em busca de melhoria na gestão. Isso teve como consequência o custeio da máquina pública 2% a menos que o ano passado.

Pediu aos empresários para emitirem sinais positivos e otimistas para o mercado e para a sociedade. Colocou como pontos fortes da gestão a mobilização, a organização e a conscientização.

Sobre política, disse que nas eleições do próximo ano será preciso escolher líderes equilibrados, com credibilidade e não falsos e populistas. “Um bom político terá de dizer o que é preciso ser dito e não é há momento para superficialidade”.

Segurança

Nos questionamentos ouvidos da classe empresarial sobre Segurança Pública, o secretário Cesar Augusto Grubba relatou que de 70% dos casos de crime em Santa Catarina são decorrentes do tráfico de drogas. E em Joinville os índices de homicídio estão relacionados ao mesmo problema.

Grubba respondeu aos empresários que serão feitas adaptações nas delegacias existentes em Joinville para priorizara investigação de crimes. “Hoje temos 100 homicídios em Joinville, sendo 23 a mais que em 2014. O índice catarinense de criminalidade é considerado normal pela Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, no município, é considerada endêmica. Então vamos fazer uma reengenharia nas delegacias para priorizar as investigações”.

O secretário destacou ainda que há um esforço de atender as demandas da cidade. “Não podemos aceitar que se jogue tudo para o efetivo, porque vale dizer que Joinville tem 37 policiais civis a mais do que em 2011”.

 

Via Economia SC