Embora o maior ritmo de crescimento da economia brasileira ainda não tenha ocorrido, indústrias catarinenses seguem investindo para se manterem atualizadas tecnologicamente, lançar novos produtos ou conquistar novos mercados. Nesse grupo estão a Metasul, de Braço do Norte, a Buddemeyer, de São Bento do Sul e o Grupo Lunelli, de Guaramirim.

A família Fornasa, controladora da Metasul, está investindo R$ 50 milhões em nova fábrica de pisos vinílicos em Braço do Norte, onde vai gerar 200 empregos diretos. Segundo o presidente da empresa, Carlos Fornasa, é um produto desenvolvido totalmente no Brasil, em parceria com a Braskem. Substitui lâminas de madeira, é atóxico e não propaga chamas. O plano é concorrer com importados, que não oferecem todas essas garantias ao consumidor.

A Buddemeyer, de São Bento do Sul, tradicional fabricante de produtos têxteis premium, está investindo R$ 10 milhões na modernização do parque fabril, informa o diretor de Controle da companhia, Evando Müller de Castro. Ano passado, a Buddemeyer faturou 10% mais.

O Grupo Lunelli, de Guaramirim, que atua com moda – com marcas como Lez a Lez e Lunender – está investindo US$ 20 milhões (R$ 79 milhões) em fábrica no Paraguai, que começa com 300 empregos diretos mas, no médio prazo, deverá chegar a mil empregos, informou o diretor Comercial Robson Zamboneti. A empresa, que tem fábricas em São Paulo e no Nordeste e foco maior no mercado brasileiro, busca menor custo de produção. O grupo controlado pelo industrial Antídio Lunelli exporta cerca de 2% da produção para 18 países da América do Sul e Europa, entre os quais a Alemanha, Espanha e Portugal.

Além desses projetos, SC tem confirmação de grandes, médios e pequenos investimentos, o que manteve a indústria como a maior geradora de empregos no primeiro trimestre deste ano no Estado, com saldo positivo formal de 27.910 vagas.

Pleno emprego

Uma das principais informações econômicas da última semana foi a taxa de desocupação da economia dos Estados Unidos, que ficou em 3,6%, o que significa pleno emprego. Foi a menor taxa de desemprego no país desde 1969, um motivo para comemorar. Só para lembrar que, apesar de enfrentar todos os obstáculos da economia brasileira, Santa Catarina teve taxas de desemprego muito melhores do que essa dos EUA nos anos de 2012 e 2013. A menor taxa registrada no Estado recentemente foi no quarto trimestre de 2013, de 2,5% segundo a pesquisa Pnad Trimestral do IBGE. A última de SC é referente ao quarto trimestre de 2018 e ficou em 6,4%.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti