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Os consumidores de Florianópolis enfrentaram em outubro alta de 1,63% na inflação, a maior desde dezembro de 2010, quando chegou a 1,84%. Foi o que apurou o Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconomia (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O maior aumento ocorreu no grupo de transportes, que subiu 4% puxado pelos combustíveis, que tiveram alta de 11,5%.

Também pesou na alta o custo do grupo de alimentos e bebidas, que subiu 1,98%. O maior impacto veio da alimentação fora de casa, que teve reajuste médio de 4,5%, com maior peso nos lanches, 10,7%.

No acumulado de 12 meses até outubro, a alta chegou a 10,63%. Segundo o coordenador da pesquisa, Hercílio Fernandes, essa variação acumulada não acontecia com tamanha alta desde outubro de 2003, quando alcançou 12,70%. No ano, a inflação chega a 8,90%.

Ainda na apuração do ICV, o grupo de despesas pessoais subiu 1,38% em outubro, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve alta de 1,27% e habitação, 0,92%. Tiveram queda os grupos de vestuário e educação, ambos com -0,11%, mais artigos de residência com -0,06% e comunicação ficou estável.

Os dados do ICV mostram que produtos industrializados subiram mais, o que indica que, como era esperado, a indústria ainda está transferindo custos aos seus produtos. Um exemplo é o iogurte, que subiu 4,19% e o presunto, 3,59%. No caso dos derivados de trigo, há o impacto do dólar. O macarrão subiu 3,52%, o açúcar refinado 7,58% e o açúcar cristal, 4,16%. Dos 297 itens pesquisados pela Esag, 94 tiveram aumento, 116 ficaram estáveis e 87 tiveram retração de preços.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti