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No ano de 2017 a gerência de Tecnologia da Informação e Governança Eletrônica (Getig) registrou mais de dois mil chamados técnicos relacionados à área de informática. Apesar do grande volume de atendimento, o serviço de suporte representa apenas uma das atividades desenvolvidas pela pasta, que é responsável por questões vitais ao funcionamento da Autarquia. A reunião realizada com a equipe na tarde da última quinta-feira, 25, chamou a atenção da comissão do Plano de Metas para problemas ainda mais complexos, que oferecem riscos à estrutura operacional do Instituto de Previdência.

Embora o grande número de chamados técnicos evidencie um provável sucateamento dos equipamentos de informática, o que de fato ocorre em alguns setores, a maioria das dificuldades enfrentadas pelos usuários não tem relação direta com as condições dos computadores. A solução de problemas como a precariedade da estrutura de cabeamento de rede e a desatualização do sistema operacional são apontados como prioridades. Além de provocar a maior parte dos atendimentos, o estado atual do cabeamento de rede pode comprometer toda a estrutura. “A limitação de recursos para investimentos impede que a Getig realize o trabalho de reestruturação”, revela o gerente Eduardo Andrada.
Andrada destaca ainda que a atuação da gerência na busca por novos equipamentos e melhorias nos sistemas internos depende da revisão de contratos com fornecedores e de articulação junto à Secretaria de Administração.  Por isso, apresentou como alternativa a possibilidade de restaurar máquinas que hoje estão fora de uso, mediante liberação de recursos para a compra de peças de reposição e contratação de um técnico em eletrônica. “A Getig também está à disposição de todas as gerências para desenvolver programas que possam auxiliar nas rotinas, porém, precisamos ser informados sobre essas demandas”, alerta o gerente.
O presidente Roberto Faustino acenou positivamente em relação à estratégia de se desenvolver soluções internas de baixo custo. Também informou que, na possibilidade de aquisição de novos equipamentos, serão priorizados os setores que demandam interação com sistemas externos, um dos grandes entraves manifestados pelas gerências. Eduardo Andrada inclui a este grupo as agências, visto que a Getig encontra dificuldades em estabelecer conexão remota com as unidades do interior, o que impede a manutenção não presencial.
Outra questão importante foi levantada pelo diretor de Administração, Ademir Matos, que expôs a situação do equipamento de registro de ponto. Devido ao longo tempo de uso e a substituição do servidor, por falta de recursos para manutenção, o sistema tem capacidade limitada e sofre sucessivas interrupções. Para sanar o problema sem onerar o já limitado orçamento, a equipe da Getig desenvolveu internamente um sistema de ponto vinculado ao terminal de trabalho de cada funcionário do Iprev. Ademir Matos deu caráter de urgência à questão, determinando que nesta segunda-feira iniciassem os testes com o software, para imediata substituição do sistema.

Precariedade da rede provoca 60% dos chamados técnicos

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Fazendo uma análise inicial acerca das condições atuais da estrutura de rede do Iprev, o recém-chegado servidor Eduardo Lopes Jonker, que tem especialização na área, estima que a reestruturação do cabeamento poderia eliminar até dois terços do volume de chamados técnicos registrados no ano passado. E explicou que a execução poderia ser realizada em etapas, de modo a evitar interrupções por conta da limitação de recursos.
O servidor Decio Woll Regis expôs a dificuldade enfrentada pela Getig, junto à área técnica da Secretaria de Administração, em relação à conclusão de demandas relativamente pequenas, porém, de alta relevância às rotinas de alguns setores. Regis revela que algumas soluções pontuais são postergadas sob a alegação de que estarão no sistema previdenciário que se pretende desenvolver. Por isso, sugeriu à administração que intercedesse junto à Secretaria, com o objetivo de priorizar as soluções mais simples, que trarão benefícios imediatos ao Iprev e poderão ser integradas ao sistema previdenciário quando este for desenvolvido.
“O ótimo é inimigo do bom”, disse Roberto Faustino ao concordar com a ideia de buscar resoluções por etapas. O presidente garantiu que a realocação de recursos à Getig será estudada de imediato, reconhecendo que a estratégia de atuar dentro da capacidade da Autarquia é o único caminho viável nesse momento. Saulo Vidal, que é responsável por auxiliar as gerências no desenvolvimento das metas, ratificou a posição do presidente, já sugerindo as ações propostas pela Getig como metas a serem alcançadas em 2018. “Neste momento não nos é permitido sonhar, precisamos manter o foco na nossa realidade”, destaca.
Além da recuperação de máquinas e do planejamento de reestruturação da rede, Saulo Vidal sugeriu que a Getig estabeleça um melhor controle de suas atividades, no sentido de produzir dados que auxiliem, por exemplo, a análise da natureza dos chamados técnicos, setores de origem e número de equipamentos. Depois de observar a planilha de atividades da Getig, na qual está evidenciado todo o trabalho de apoio fornecido às gerências do Iprev, Vidal sugeriu à pasta que defina mecanismos de controles mensais e de fácil acesso.
“Não estamos atrás dos resultados, queremos que os servidores conheçam melhor o Iprev, sem contar que estaremos nos nutrindo de informações fundamentais ao bom desempenho da gestão”, explica. Para concluir suas considerações, Saulo Vidal ressaltou que a Getig é responsável pela elaboração do planejamento de investimentos em informática, por isso, sugeriu que a gerência faça o levantamento e informe os gestores sobre quais demandas devem constar no orçamento anual.

Via Iprev