O plano de investimentos da Eletrosul para as áreas de geração e transmissão terá um suporte financeiro de aproximadamente R$ 160 milhões, provenientes de financiamentos obtidos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Finep – Inovação e Pesquisa. Nessa soma, está considerado também o resultado da emissão de debêntures de infraestrutura da Transmissora Sul Brasileira de Energia (TSBE), Sociedade de Propósito Específico (SPE), na qual a Eletrosul tem 80% de participação junto da Copel, que tem 20%. A contratação dos financiamentos já foi aprovada e os recursos devem começar a ser repassados a partir deste mês.

Um dos contratos de financiamento com o BNDES é no valor de R$ 43,6 milhões, que serão destinados à ampliação do sistema de transmissão de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Muitas dessas obras – autorizadas por resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – já estão em andamento. Outros R$ 26,5 milhões foram contratados junto ao BNDES para as obras da Interligação Elétrica Brasil-Uruguai, que estão sendo realizadas em parceria com a Eletrobras. A holding ficou responsável pela construção de uma subestação em Candiota (RS) e a Eletrosul pelas linhas de transmissão (60 quilômetros em 525 kV e 3 km em 230 kV), que fazem a conexão da nova subestação com uma unidade existente e se estendem até a fronteira. Os financiamentos cobrem 55% do valor que está sendo investido pela Eletrosul.

O financiamento da Finep, no valor de R$ 11,3 milhões, será aplicado em projetos de prospecção do potencial eólico e solar com a implantação de estações de medição de vento (anemométricas) e de radiação (solarimétricas) nas áreas de atuação da Eletrosul. Parte dos estudos já está em andamento.

E para buscar financiamento suplementar para suas obras, a TSBE – SPE controlada majoritariamente pela Eletrosul – realizou em setembro a segunda emissão de debêntures de infraestrutura. A operação foi conduzida pelo Banco Votorantim e resultou na captação de R$ 77,5 milhões. As obras da TSBE, em fase final de implantação, compreendem quase 800 km de linhas de transmissão de alta e extra-alta tensão, entre o Paraná e o Rio Grande do Sul, uma nova subestação e ampliações em unidades existentes, que reforçam o intercâmbio de energia entre o Sudeste e o Sul. A SPE já havia obtido financiamento de R$ 267 milhões junto ao BNDES.

 

Via Economia SC