Após o resultado da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de novembro, o mercado financeiro projeta que o indicador termine 2017 em 2,88%, conforme o relatório Focus desta semana.

Se essa expectativa se confirmar, o IPCA ficará abaixo do piso estabelecido de 3% pela primeira vez na série histórica, o que obrigará o Banco Central (BC) a enviar uma carta ao Ministério da Fazenda explicando os motivos do descumprimento da meta, cujo centro é de 4,5%.

Na última sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que nos 11 meses de 2017, a inflação oficial atingiu 2,5%, o menor resultado para o período desde 1998. Em 12 meses, está em 2,70%.

Para 2018, por outro lado, o mercado espera que o indicador de preços volte a subir para 4,02%, mas ainda fique abaixo do centro da meta.

No caso da taxa básica de juro, a Selic, os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC), segundo o Focus de ontem, aguardam que termine em 7% ao ano, mesmo patamar de 2017.

Entre as instituições que mais acertam as previsões no documento da autoridade monetária, o Top 5, a perspectiva para o próximo ano segue em 6,50% há cinco semanas.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções aponta para um avanço de 0,91% no acumulado deste ano, ante uma alta de 0,89% esperada pelos analistas do mercado financeiro no Focus da semana passada.

Para 2018, as perspectivas para a economia passaram de um crescimento de 2,60%, para uma expansão de 2,62%.

Os economistas esperam ainda que a produção industrial avance 2% em 2017, e 2,90% em 2018.

Com relação às contas públicas, o Focus desta semana aponta encerramento de 52,15% do PIB em 2017 da dívida pública, e de 55,70% em 2018, portanto, uma continuidade da deterioração fiscal.

Setor externoNo âmbito internacional, a estimativa para a entrada de recursos estrangeiros no Brasil é de US$ 80 bilhões tanto neste ano, quanto no próximo, ambos no mesmo patamar de quatro semanas atrás.

Para o câmbio, a previsão é que a taxa termine em R$ 3,25 por dólar em 2017 e em 3,29 por dólar no ano que vem.

Via DCI