Os analistas de mercado reduziram sua expectativa para o superávit primário do setor público consolidado neste ano e elevaram a projeção para dívida líquida como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o boletim Focus, do Banco Central.

A mediana das estimativas para o resultado primário caiu de 1,15% para 1% do PIB. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comprometeu-se a entregar superávit de 1,2% neste ano, mas essa meta corre o risco de não ser alcançada diante da herança deixada pelo déficit fiscal de 2014 (de R$ 32,536 bilhões, ou menos 0,63% do PIB) e desaceleração da economia, que reduz a arrecadação de impostos.

Para 2016, foi mantida a expectativa de superávit de 2% do PIB. Para os analistas, neste e no próximo ano a dívida líquida do setor público, que encerrou 2014 em 36,75% do PIB, vai crescer. Para 2015, a estimativa subiu de 37% para 37,2%, e para 2016, saiu de 37% para 37,8%.

As projeções de déficit nominal foram mantidas em 4,5% e 3,8% do PIB em 2015 e 2016, respectivamente.

Via Valor Econômico