Persistentes na defesa dos interesses dos trabalhadores, os representantes de centrais sindicais e sindicatos laborais conseguiram reajuste médio de 6,76% para o salário mínimo regional de Santa Catarina. A alta ficou um pouco acima da inflação oficial, o IPCA, que fechou em 6,29% no ano passado. Assim, os pisos para as quatro faixas salariais subiram para R$ 1.078, R$ 1.119, R$ 1.179 e R$ 1.235. O acordo foi fechado nesta quinta com representantes das empresas. Os próximos passos são a entrega ao governo do Estado, o envio do projeto de lei para a Assembleia aprovar e, depois, a sanção pelo governador. Os valores são retroativos a janeiro.

– Estivemos empenhados na busca de um acordo que fosse bom tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores. Temos orgulho do fato de que Santa Catarina também nessa questão foi pioneira e tem uma legislação inédita em relação a outros Estados  – afirmou o presidente da Federação das indústrias (Fiesc), Glauco José Côrte.

O empresário lembrou que o governo federal está propondo uma reforma trabalhista que tem como grande mérito a valorização da negociação. Segundo ele, o mínimo de SC é um exemplo disso desde 2010, o que mostra o amadurecimento das negociações.

Segundo o diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio (Fecesc) e coordenador sindical do Dieese SC, Ivo Castanheira, os representantes dos trabalhadores cumpriram o dever de negociar e acertar os valores do piso.

– Sempre tenho falado nas negociações que a responsabilidade é das duas partes. Então, cumprimos com o nosso papel e esperamos que esse processo de negociação seja contínuo – afirmou ao destacar que os trabalhadores torcem para que a economia vá bem, assim é possível ter uma negociação melhor.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti