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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse nesta quarta-feira, dia 26, em Florianópolis, que o fato de o índice de desemprego de Santa Catarina estar muito abaixo da média nacional tem relação direta com a ação do Estado. “Santa Catarina é um estado inovador, tem uma economia diversificada e, ao mesmo tempo tem tirado proveito da desvalorização cambial ampliando suas exportações. Isto explica este resultado”, reconheceu.

Ele participou do encontro intitulado “Fomento à Inovação SC”, com o lançamento de dois editais de incentivo à inovação pela Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).

A taxa de emprego elevada, segundo o ministro, também se deve à base de médias e pequenas empresas com grande dinamismo e às grandes empresas do setor agroindustrial.

Entretanto, Rebelo advertiu que o país perdeu competitividade, principalmente na indústria. “Nos últimos 10 anos, conseguimos gerar 23 milhões de empregos no Brasil, enquanto a Europa perdeu 60 milhões de empregos, porém, ao mesmo tempo, nós perdíamos 3,9 milhões de empregos com mais de dois salários mínimos. Essa perda revela a nossa deficiência em tecnologia e em competitividade industrial”.

Para o ministro, o caminho da competitividade é o caminho da inovação “Precisamos convencer a sociedade de que não há atalho para a competitividade e fora da inovação não há saída”, afirmou.

O ministro reconheceu que a burocracia tem sido um dos fatores da baixa competitividade da indústria e do serviço no Brasil. “Os prazos, as exigências absurdas e burocráticas dos órgãos de controle muitas vezes criam normas que só geram dificuldades e multas que nunca são obedecidas, porque são muito complicadas”, observou.

O encontro promovido pelo governo do Estado em parceria com a Acate (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia) visa justamente assegurar a competitividade da indústria catarinense. Pelo BRDE foram assinados contratos de crédito no total de R$ 56,5 milhões para financiamento de oito novos projetos.

Entre eles, a construção do condomínio tecnológico para 10 empresas no Sapiens Parque, um dos primeiros empreendimentos imobiliários financiados com recursos da FINEP. O executivo Marcel Pedral Pinheiro Rodrigues recebeu o certificado de aprovação de crédito.

“O que estamos fazendo é incentivando e financiando ideias para que virem empresas e os empregos se multipliquem. Estamos plantando em solo fértil. São estímulos para que Santa Catarina continue sendo um estado diferenciado, fazendo cada vez mais e melhor”, disse o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo.

O setor de tecnologia no Estado emprega hoje cerca de 20 mil pessoas e fatura R$ 3,5 bilhões por ano, com crescimento médio de 20% ao ano. Em Florianópolis, o setor já se consolidou como o maior arrecadador de impostos municipais.

 

 

Via Economia SC