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O governador Carlos Moisés da Silva, ao fazer um balanço do seu primeiro ano de gestão e falar sobre expectativas para 2020, na manhã desta segunda-feira, no CIC, em Florianópolis, afirmou que o governo não tem como prometer reajuste salarial agora. Foi uma resposta a manifestações de algumas categorias, como os policiais militares e bombeiros que cobram reposição de defasagem salarial da ordem de 40%, e dos auditores fiscais da Fazenda que reivindicam maior valor para remunerar o uso de veículo próprio para trabalhar.

No evento, em que reuniu todo o secretariado, o governador empossou o delegado Paulo Koerich, de Blumenau, como presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, sucedendo o coronel Araújo Gomes.

Moisés lembrou que assumiu o Estado com déficit de R$ 2,5 bilhões, mas que foi possível reduzir esse desequilíbrio para R$ 1 bilhão. Além desse, segue o déficit de R$ 4 bilhões da Previdência no ano.

– A gente vê até movimento por reposição salarial de servidores públicos. Mas qualquer um que tenha um pouquinho de juízo, antes de ir para a imprensa, fazer movimentos meramente populistas, tem que pensar o que o governo conseguiu avançar hoje em termos de honrar com a folha, com o 13º do servidor, e os nossos resultados. Temos um Estado deficitário – alertou.

Questionado sobre as pressões das categorias, Moisés disse que o governo não pode conceder reajustes que as pessoas têm expectativa de receber, mas dentro do que é possível.

– Nós hoje não temos prazo para dizer que em tanto tempo a gente pode pensar em reposição salarial – afirmou ele, que aproveitou para revelar que o governo teve que fazer um esforço especial, pegar um pouco de dinheiro de um lado e do outro para conseguir quitar o salário e o 13º em dezembro.

– Não podemos trabalhar hoje com ameaças de categorias, de corporativismo – disse.

Além dessas pressões salariais, logo será divulgado o novo piso nacional de professores, com valor reajustado, o que o Estado precisa seguir.

O governador lembro ainda que o executivo estadual vem fazendo um esforço na área de pessoal para melhorar os serviços. Contratou 600 agentes prisionais, 1,5 mil professores, mais 500 técnicos administrativos para a educação e vai contratar mais policiais.

Investimentos

Carlos Moisés voltou a destacar a boa performance econômica de Santa Catarina. Segundo ele, enquanto a economia nacional registrou crescimento acumulado de 0,9% em 12 meses (até setembro), SC registrou 3,9% segundo indicador de atividade econômica apurado pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado.

Ele falou ainda que entre os projetos deste ano estão investimentos em infraestrutura. Até 2022, serão R$ 400 milhões ao projeto Recuperar, em parceira com os municípios, para recuperar rodovias. Além disso, há o projeto Novos Rumos, com obras relevantes em cada um dos principais centros econômicos do Estado.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti