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Secretário da Fazenda diz que pacote econômico está sendo elaborado por todo governo

Desde que as chuvas intensas começaram em Santa Catarina, no início deste mês de outubro, o governo de Jorginho Mello (PL) trabalha para reduzir impactos e buscar soluções para os problemas. Na área econômica, estão sendo preparadas ações em quatro frentes, informou o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, que fez duas palestras esta semana, a empresários, falando sobre desafios e potencialidades do Estado, e da disposição do governo em colaborar com o setor produtivo.

Na noite desta quinta-feira, a conversa foi com industriais, no Fórum Radar Reinvenção, realizado pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc). Na noite de terça-feira, foi com supermercadistas, em evento promovido pela Associação Catarinense de Supermercados (Acats).

Segundo Siewert, as quatro frentes para resolver impactos das chuvas visam atender pessoas físicas, empresas, infraestrutura e prevenção. Pelo menos 35% da população e do PIB do Estado foram afetados, disse ele na Acats, ao destacar que este está sendo o mais abrangente impacto de chuvas da história de Santa Catarina.

– Estamos construindo o nosso momento econômico de recuperação, tanto para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas. A ideia é que a gente possa juntar tudo no mesmo anúncio. Estamos falando aqui da Celesc, da Casan, Secretaria da Fazenda, IMA, Detran, linhas de financiamento, um pacote bastante amplo, que a gente chamou de pacote econômico. Vamos apresentar ao governador, para que ele possa anunciar – informou o secretário.  

A terceira frente será o trabalho de reconstrução. Nisso, serão incluídos a infraestrutura, agricultura e a própria defesa civil. Segundo o secretário, ainda não é possível ter ideia de valores que serão necessários porque não se sabe ainda quanto foi afetado, ainda não foi possível quantificar as perdas. Também não está definido como será esse apoio, se via prefeituras ou de outra forma.  

– E a quarta frente será pensar no futuro. O que vamos fazer para que, daqui para a frente, isso não aconteça mais ou que a gente possa minimizar eventuais danos. Tem o projeto muito bacana feito pela agência japonesa Jica, em 2008, que olhou para aquela região do Vale como um todo, que estabeleceu dragagem de rios, construção de outras barragens para que possam ser construídas – explicou Siewert.

Ele disse que viu parte desse estudo, que é grande. Mostra que nos últimos 25 anos Santa Catarina foi o sexto estado mas impactado por eventos climáticos. Em 25 anos, foram contabilizados cerca de R$ 20 bilhões em prejuízos para as pessoas físicas e jurídicas em relação a eventos climáticos.

– Enquanto isso, duas ou três barragens naquela região, em Mirim Doce, Petrolândia e Trombudo Central custam R$ 180 milhões, ou seja, custam uma fração dos problemas de R$ 20 bilhões que tivemos. Então, naturalmente, o govenador Jorginho Mello está muito empenhado nisso. Tão importante quanto resolver os problemas atuais da enchente, está sendo o planejamento futuro – destacou.

O secretário falou para os industriais sobre a importância da reforma administrativa do governo para o setor produtivo catarinense, com a criação das secretarias de Indústria, Comércio e Serviços; Ciência, Tecnologia e Inovação; Portos, Aeroportos e Ferrovias; Turismo; e Meio Ambiente e Economia Verde.

– Eu tenho certeza que a junção de todas as secretarias do Estado, sob a liderança do governador Jorginho Mello, irmanadas com os senhores, do setor produtivo, vão ter resultados cada vez mais imediatos para a economia de Santa Catarina. Mas, acima de tudo, vão ter um futuro muito mais estimulante, muito mais beneficiado para as futuras gerações – destacou Siewert.    

Via NSCTotal – coluna Estela Benetti