O saldo da balança comercial neste ano até fevereiro foi de US$ 7,7 bilhões, valor 5,4% maior, mas próximo ao resultado para esse mesmo período em 2017, US$ 7,3 bilhões, mostrou o Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado ontem (14) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em termos de valor, as exportações cresceram 12,9% e as importações 15,1% entre os dois primeiros bimestres de 2017 e 2018. A corrente de comércio alcançou US$ 61 bilhões, o melhor resultado desde o acumulado no ano até fevereiro de 2015.

Conforme o levantamento da FGV, a similaridade nos valores dos saldos comerciais não se repete quando analisado a composição pelos principais grupos. No caso das exportações, a principal contribuição para o aumento das exportações entre os dois primeiros bimestres de 2017 e 2018 coube às manufaturas com percentual de 90%. O resultado foi influenciado pela exportação de uma plataforma de petróleo em fevereiro, mas mesmo excluindo esse item, as manufaturas contribuíram com 84%. Entre 2016 e 2017, mesmo período, a liderança foi dos produtos básicos, com contribuição de 72%.

No caso das importações, a principal diferença foi o desempenho das importações de bens de capital que passaram de uma contribuição negativa (2016/17) para uma contribuição positiva (11%) entre os dois primeiros bimestres de 2017 e 2018. “Esse resultado confirma a expectativa de melhora no crescimento econômico para este ano.”

“Apesar dos resultados similares entre os dois primeiros bimestres de 2017 e 2018 esperamos que ao longo do ano o saldo comercial tenda a recuar com a retomada do crescimento econômico, embora se mantenha a previsão de um superávit comercial ao redor de US$ 50 bilhões”, segundo Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota.

 

Via DCI