carteiradetrabalho 1

Santa Catarina fechou o mês de abril com 45.577 solicitações de seguro-desemprego. Esse número representa um crescimento de 52% frente ao mesmo mês do ano passado, quando foram feitos 29.982 pedidos do benefício, mas confirma um salto de 102,98% frente ao mês anterior, março, quando o Estado registrou 22.453 pedidos.

Os dados são da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia e mostram que Santa Catarina foi o sexto Estado que registrou mais pedidos do seguro, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.

Esse resultado o dobro maior mostra os efeitos da pandemia no emprego e um impacto maior no Estado frente a média nacional que na mesma compraração teve crescimento de 39,3%. Mas o resultado real deve ser ainda pior porque o governo federal estima que os dados de abril devem estar subestimado pelo fato de muitos trabalhadores não terem conseguido fazer o pedido do benefício porque as unidades do Sine, o Sistema Nacional de Empregos, não estavam fazendo atendimento presencial. Além disso, Santa Catarina foi um dos três estados com menor número de pedidos do benefício pela internet, 65,7%, atrás de Roraima e Mato Grosso do Sul.

No Brasil, foram requeridos 748.484 benefícios do seguro-desemprego em abril, um aumento de 22,1% frente ao mesmo mês de 2019, quando foram feitas 612.909 solicitações. Em relação ao mês anterior, março, houve um crescimento de 39,3%, quando foram feitos 536.844 pedidos no país.

No ano, o número de solicitações do benefício ficou praticamente estável no Brasil, com alta de 1,3% frente aos primeiros quatro meses de 2019. Em abril, os serviços lideraram os pedidos em nível nacional, com 41,6% dos pedidos, seguidos pelo comércio com 27,7%, indústria 19,9% e agropecuária 3,7%. Considerando o perfil do trabalhador, 57,1% foram homens com e 33,1% com idade entre 30 e 39 anos.

Os dados de pedidos de seguro-desemprego passaram a ser o principal indicador do mercado de trabalho formal brasileiro porque o levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) foram suspensos. O governo federal decidiu, em outubro do ano passado, unificar os dados do emprego no e-Social para dar menos trabalho às empresas, que tinham que preencher três cadastros mensais: do Caged, Rais e e-Social. Mas o mercado ficou com falta de informações mais detalhadas sobre o mercado formal de trabalho.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti