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SC tem 4,3% do total de MEIs do país

Desde agosto de 2008, quem abre um pequeno negócio no Brasil tem a opção de ser um Microempreendedor Individual (MEI). Pesquisa nacional do IBGE com retrato do segmento em 2021 mostra que SC fechou aquele ano com 561.093 MEIs, 4,3% dos 13,2 milhões em todo o país e em sétimo lugar no ranking nacional.

Do total no Estado, a maioria, 48,7%, era de serviços, em sintonia com o setor que predomina na economia estadual e nacional. Mas Santa Catarina se destacou no país com maior participação de negócios industriais: do total de MEIs no Estado, 14,1% eram indústrias, o maior percentual do Brasil. Nessa participação industrial, SC foi seguido por Minas Gerais com 12%, Goiás e Espírito Santo, com 11,9%.

A maior participação na indústria está ligada ao perfil da economia do Estado, que tem no setor de transformação o maior peso no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com outros estados que têm as maiores economias do país. No período anualizado até março de 2023, a indústria de SC respondeu por 27,3% do PIB.

Os serviços, que até março deste ano responderam por 66,4% do PIB, chamam atenção pelo número de empreendedores no Estado. Eram 276,7 mil em 2021. A maior participação era em Outros serviços (14,8%), seguida por informação, comunicação, atividades imobiliárias e financeiras (13,5%), alojamento e alimentação (9,9%).

Entre os dados catarinenses, chamou a atenção também o fato de o Estado ter o menor percentual do Brasil em negócios do comércio de veículos, incluindo venda e reparação, com 23,7%. No país, a média ficou em 29,3%.

O setor de construção, que é forte na economia de SC, tinha 13,1% dos MEIs, sendo 74,1 mil em número absoluto. Com agronegócio forte baseado em grandes empresas, o Estado teve o menor percentual do pais, de 0,4%, entre o total de MEIs. O setor inclui agricultura, pecuária, florestas, pesca e aquicultura.

O fato de SC estar em sétimo lugar no ranking de maior número de MEIs no país reflete a força da economia do Estado, que tem a maior taxa de trabalhadores do setor privado com carteira assinada, 88,1% no segundo semestre deste ano, conforme a Pnad Trimestral do IBGE. Isso significa que mais pessoas podem encontrar emprego em empresas ao invés de ter que abrir o próprio negócio.

Outro dado do que reforça isso é que SC tem a menor taxa de informalidade na economia (trabalhadores sem carteira assinada), de 26,6%.

O modelo de formalização de negócios MEI ajuda mais de 13 milhões de brasileiros porque é simplificado, garante renda quando a pessoa não tem emprego formal ou quer ser autônoma sem ter um grande negócio.

Mas coloca desafios porque a renda, em boa parte das vezes, é mais baixa e a contribuição para aposentaria pelo INSS é baixa. Garante apenas um salário-mínimo. Autônomos que quiserem ter uma aposentadoria maior podem fazer contribuições maiores diretamente para o INSS.   

Via NSCTotal – coluna Estela Benetti