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A pesquisa Pnad Covid, lançada pelo IBGE para acompanhar os impactos da pandemia na saúde e na atividade econômica, mostra leve melhora no emprego em Santa Catarina. No mês de julho frente a junho, a taxa de desocupação no Estado caiu de 8,6% para 8,4%, o que indica uma leve melhora no emprego no Estado.

Essa taxa de desocupação reflete o impacto da pandemia no Estado, que perdeu mais de 100 mil vagas formais no período. Isso porque antes da crise causada pelo novo coronavírus, o desemprego em SC era de 5,3%, a menor taxa do país, o que tem se repetido pelo menos na última década. Como maior empregador formal, o Estado também mantém o perfil de ter menos pessoas na informalidade. A pesquisa mostrou que em julho 20,1% dos catarinenses tinham emprego informal.

Nesse indicador, SC teve queda de 0,5 ponto percentual. No mês de junho, estava em 20,06% na informalidade. Em julho, 33,6% das pessoas pesquisadas no país relataram estar na informalidade. A melhor performance econômica de SC também aparece no percentual de pessoas que solicitaram auxílio emergêncial em Julho. Em SC, foram 24,5%, a menor média do país. A maior ficou com o Amapá, 68,8%.

Em Santa Catarina, no mês de juho, 24,5% dos domicílios solicitarm o auxílio, o mernor percentual do Brasil. Enquanto no Amapá 68,8% solicitaram, o maior percentual do país. Segundo o IBGE, em julho, 44,1% dos lares brasileiros solicitaram o auxílio, um pouco mais do que em junho, que foram 43%.

No caso específico de incidência da Covid-19, a pesquisa mostra também uma incidência maior entre os mais pobres no Brasil. Entre as pessoas com renda per capita inferior a R$ 300, das que fizeram teste de Covid-19, 24,6% testaram positivo. Entre as que têm renda per capita de R$ 899, 23,9% testaram positivo e entre as com renda próxima de R$ 5 mil, 17% testaram positivo.

Sobre os dados econômicos da Pand Covid, o governo divulgou matéria, na qual o governador Carlos Moisés avalia que está acontecendo uma retomada gradativa de crescimento, embora diferente para cada setor.

O quadro econômico catarinense, com base nos dados do IBGE, confirma aquela máxima de que quem está mais preparado para uma crise se sai melhor da mesma. A economia catarinense, que é uma das mais diversificadas e dinâmicas do Brasil, foi uma das primeiras a sair da recessão de 2015 e 2016 e, agora, repete esse destaque na retomada pós-pandemia. No emprego, Santa Catarina segue com liderança isolada, repetindo performance da última década. Pode ser chamada, sim, a ‘terra do emprego’ no Brasil.

Via NSCTotal – coluna Estela Benetti