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Os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre trouxeram alta acima do esperado, de 1,2%, com desempenho positivo das principais contas e sinal de melhor ritmo de investimento, que faz a economia crescer. O PIB oficial catarinense, a exemplo dos demais estados, é publicado quase dois anos depois, mas dados do IBGE do primeiro trimestre deste ano mostram que a economia local conseguiu manter um ritmo maior que a nacional.

Entre os dados positivos do PIB, divulgado nesta quarta-feira, está a alta de 4,6% Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que representa investimentos em máquinas, equipamentos e na construção civil. Essa expansão significa mais geração de emprego e renda. A taxa de investimentos do primeiro trimestre também surpreendeu. Chegou a 19,4%, superior a do mesmo período do ano anterior, que ficou em 15,9%. E a taxa de poupança, que também melhora as condições para investir, atingiu 20,6% contra apenas 13,4% no mesmo período de 2020.

Em Santa Catarina, as pesquisas mensais do IBGE dão uma ideia do ritmo de atividade econômica comparando com o nacional. No primeiro trimestre deste ano, a indústria de SC cresceu 17,4% frente ao mesmo período de 2020 enquanto a nacional teve alta de 4,4%. Na mesma comparação, o comércio de SC avançou 1,7% e o do país caiu 0,6%. Já os serviços no Estado cresceram 9,4% no trimestre enquanto no país houve recuo de 0,8%.

Esses indicadores, embora parciais, sinalizam que a atividade econômica catarinense foi maior no período do que no país, o que resultará em PIB também mais alto. A secretaria de Desenvolvimento do Estado (SDE), sob coordenação do economista Paulo Zoldan, faz uma estimativa do PIB considerando também outros indicadores. A do primeiro trimestre deste ano será divulgada nesta quarta-feira.

Com a expansão de atividades no Brasil e a retomada mais forte das exportações em função do crescimento em economias desenvolvidas, analistas do país têm elevado as projeções para a alta do PIB este ano. Estava em 3,5% e, agora, muitas empresas já estão prevendo 4% ou mais. O que falta ao país é uma retomada mais intensa do emprego. 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti