O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o primeiro trimestre do ano em queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal. No ano passado, o PIB havia fechado em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, iniciada em 1996. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 1º de junho, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A queda do PIB no primeiro trimestre é resultado das retrações em todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos em bens de capitais, que registrou queda de 2,7%, na comparação com o trimestre anterior. Colaborou com o cenário pessimista, a queda da indústria, com -1,2%, a retração da agropecuária, com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. O consumo das famílias também fechou com retração de 1,7% e o gasto do governo caiu 1,1%.

Variação entre 1º trimestre de 2015 é de 5,4%

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB sofreu contração de 5,4% no primeiro trimestre de 2016, o oitavo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. O valor adicionado a preços básicos caiu 4,6% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios recuaram em 10,4%.

Entre as atividades que contribuíram para esta diferença, está a agropecuária, que  teve queda de 3,7% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade. Segundo o os dados do IBGE, divulgado em maio, algumas culturas apresentaram retração na estimativa de produção anual: fumo em folha (-20,9%), arroz em casca (-7,6%) e milho em grão (-5,0%). Por outro lado, a cultura de soja apontou variação positiva de 1,3% na produção anual. A maior parte das culturas importantes no trimestre apontou queda de produtividade.

A indústria recuou 7,3%. Nesse contexto, a indústria de transformação caiu 10,5%, influenciada pelo recuo da produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos metalúrgicos; produtos de metal; produtos de borracha e material plástico; eletroeletrônicos e equipamentos de informática; e móveis.

A construção também apresentou redução no volume do valor adicionado (-6,2%). Já a extrativa mineral caiu 9,6% em relação ao primeiro trimestre de 2015, puxada pela queda da extração de minérios ferrosos e de petróleo e gás. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou expansão de 4,2%, influenciada pelo desligamento de termelétricas no 3º trimestre de 2015 e no 1º trimestre de 2016.

Via Economia SC