A exemplo das últimas edições da pesquisa Pnad Contínua, do IBGESanta Catarina segue à frente com a menor taxa de desemprego do Brasil. Mas como a crise bate forte aqui também, a taxa subiu para 6,7% no segundo trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, estava em 3,9%. A taxa média nacional alcançou 11,3% contra 8,3% no mesmo trimestre do ano passado. Outro dado da pesquisa em que o Estado lidera é o percentual de pessoas com carteira assinada no setor privado,89,7%, bem acima da média nacional que ficou em 77,3%. Mas apesar de alguns números positivos da economia aqui e ali, não dá para dizer que o quadro parou de piorar.

No caso do comércio e dos serviços, setores que entram na crise depois e também registram retomada de crescimento mais tarde, o número de demissões tende a continuar elevado em Santa Catarina. Ainda há lojistas fechando estabelecimentos porque as vendas seguem muito fracas; e o setor de serviços do litoral prevê melhora só com a chegada do verão. A indústria registra um cenário mais animador, com crescimento de produção em junho frente ao mês anterior e saldo de 5,4 mil novos postos de trabalho no primeiro semestre. Mas justamente em junho o setor fechou 3,2 mil vagas em função da falta de mercado.

Contudo, a sondagem industrial de julho sobre emprego, que vai sair nesta sexta-feira, ficou em 49 pontos. Como vem melhorando desde abril, da para dizer que agora há uma estabilização. Quando ultrapassa 50 pontos, o empresário tende a começar contratar. Para melhorar, é preciso, em nível nacional, da definição do quadro político e do ajuste fiscal. Assim, o governo federal poderá projetar com mais segurança um crescimento acima de 1,5% no ano que vem. A economia diversificada de SC dará sua contribuição.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti