Um clima de retomada do crescimento tomou conta de parte dos pronunciamentos no primeiro dia da 15ª Expogestão, ontem, em Joinville. Depois do presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Glauco José Côrte afirmar que Santa Catarina voltou a crescer porque a produção industrial teve alta de 5,2% no primeiro trimestre, o setor gerou mais de 18 mil novos empregos e as exportações cresceram 17% de janeiro a abril, dois executivos de empresas de headhunter, em palestra no evento, também afirmaram que a retomada começou. O diretor da Page Group, o holandês Gil van Delft, afirmou que a confiança está mudando muito rápido e o emprego vai crescer. Luiz Wever, presidente da consultoria Odgers Berndtson, disse que há uma retomada lenta, mas o Brasil mudou. As empresas estão voltadas a compliance para evitar cair em escândalos de corrupção.

Segundo Gil van Delft, em janeiro a empresa em que atua fez uma pesquisa com mil executivos do Brasil para saber sobre perspectivas. Apenas 29% falaram que estavam pensando em elevar o quadro de funcionários. Na mesma pesquisa feita em abril, 35% a 40% falaram que vão contratar mais.

– A confiança está mudando muito rápido no mercado, o que faz com que o emprego vá melhorar rapidamente e a economia vai dar um pulo. A gente sente mais demanda e a confiança aumentou – afirmou Delft.

Conforme o empresário, os juros estão caindo, há mais crédito no mercado e mais confiança no emprego. Entre as áreas que vão retomar mais rapidamente o emprego estão as de vendas, operações e suporte, finanças, tecnologia e recursos humanos. Entre os setores que crescem mais estão saúde, que praticamente não foi atingido pela crise, infraestrutura com investimentos estrangeiros (Europa e China) e digitalização do varejo.

Colombo vê crescimento
O governador Raimundo Colombo, que participou da abertura da Expogestão, falou para jornalistas que a economia do Estado está voltando a crescer. Disse que o primeiro quadrimestre foi positivo, com crescimento do consumo de energia, de combustíveis, de alimentos, a arrecadação de impostos cresceu e as exportações também. Observou que mais investidores estão procurando o Estado para instalar unidades e acredita que as decisões virão mais depois da aprovação da reforma da Previdência.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti