Diante do impasse na comercialização de carnes devido aos efeitos negativos da operação da Polícia Federal, o governo catarinense decidiu fazer trabalho de informação paralelo ao do governo federal. Está ligando para os embaixadores brasileiros dos principais países compradores dos produtos catarinenses para que eles intercedam junto aos governos dessas nações enfatizando que o problema é pontual no Brasil e a cadeia produtiva continua segura. Segundo o governador Raimundo Colombo, como o problema é nacional, não adianta SC argumentar que seu sistema de sanidade é melhor, por ser livre de aftosa sem vacinação. Nesse momento, é hora de defender o país.

Tanto na entrevista após a reunião com representantes do setor produtivo de carnes no início da noite, quanto no Encontro Fazendário à tarde, o governador destacou que Santa Catarina pode ser o Estado mais afetado caso diversos países decidam suspender por tempo indeterminado a compra de carne do Estado.

– Das exportações de SC, 19% do valor é frango e 5,2%, suíno. Somando esses dois produtos, o setor de proteína animal responde por 25% de tudo o que se exporta – comentou Colombo.

Entre os presentes na reunião na Agronômica estava o veterinário Hamilton Farias, que atua há mais de 40 anos no setor. Ele argumentou que em nenhum lugar do mundo houve constatação de que carne de SC tenha causado problemas de saúde. Presidentes de entidades cobraram do governo do Estado empenho para tentar reverter a insegurança atual para que os negócios de carnes voltem ano normal.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti