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Fato novo na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Trimestral, do terceiro trimestre deste ano, divulgada dia 17 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi a divisão do pódio de menor taxa de desemprego do país entre Santa Catarina e Mato Grosso, ambos estados com 3,8% no indicador. Essa foi a primeira vez que SC dividiu essa liderança que mantém desde o início dessa série, em 2012.

Forte no agronegócio, setor que está com preços em alta no Brasil e no mundo, o Mato Grosso se destacou também no período com mais vagas no comércio, serviços e construção, chegando ao empate nessa taxa.

Santa Catarina tem mantido baixa taxa de desemprego pela diversificação econômica que apresenta em diversos setores. Segue com oferta de emprego em alta, apesar de enfrentar menor ritmo de expansão econômica este ano frente a 2021.

Para o economista do Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de SC, Vicente Heinen, a chegada do Mato Grosso a 3,8% de taxa de desemprego, ao lado de SC, é por méritos da economia do estado do Centro-Oeste, que tem conseguido crescer mais que a média brasileira. Isso porque Santa Catarina seguiu crescendo e criando novas vagas, como tem feito nos últimos anos.

Esses 3,8%, um pouco menos do que os 3,9% do trimestre anterior, reforçam que SC está, novamente, em pleno emprego. A menor taxa de desemprego do Estado foi no quarto trimestre de 2013, quando ficou em 2,6%.

Apesar da igualdade na taxa principal, a economia catarinense apresenta melhores indicadores de mercado de trabalho em geral, observa o economista. Um deles é a taxa de informalidade, mostrada também pelo IBGE, que ficou em 25,9% em SC no último trimestre, frente a 36,3% do Mato Grosso.

Além disso, SC tem 8% dos empregos na agropecuária, enquanto o Mato Grosso tem 13,4%. No agro, é possível mais variações de vagas ao longo do ano porque há contratações para plantar as safras e, depois, para colher. Muitos não são empregos para o ano todo.

Pode-se dizer que a baixa taxa de desemprego ou o pleno emprego é um dos indicadores mais desejáveis de uma economia, que confirma desenvolvimento econômico e social ao mesmo tempo. Isso porque o emprego dá autonomia e mais liberdade para as pessoas. Outro indicador desejável é salário alto, o que o Brasil ainda não consegue proporcionar como a maioria dos países ricos.

O cenário é de que Santa Catarina seguirá nos próximos anos com a menor taxa de desemprego ou uma das menores do país, com estabilidade. Isso pela diversificação econômica setorial e pela qualidade das suas empresas e formação das pessoas. Na agropecuária, por exemplo, além de grãos e frutas, tem diversificada produção de proteínas. Na indústria, conta com o parque fabril mais diversificado do país e um dos mais competitivos, e no comércio, o Estado é impulsionado pela logística de cinco portos além da força dos demais setores.

Os serviços são puxados pela economia do Estado em geral, pela tecnologia e pelo turismo em todas as estações e regiões. Ter a menor taxa de desemprego é um indicador que resume uma economia eficiente, dá orgulho e ajuda a atrair investimentos. Tudo indica que Santa Catarina continuará com esse diferencial.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti