fabiano nau

O Sindicato dos Auditores Fiscais de SC (Sindifisco) dá posse nesta terça-feira, às 19h30min, à nova diretoria, presidida por José Antônio Farenzena. Fabiano Dadam Nau deixa o cargo depois de 12 anos.

Que balanço o senhor faz dos 12 anos no comando do Sindifisco?

Foi um período de muita construção positiva e muito sucesso para toda a sociedade catarinense. Procuramos nos envolver nas questões técnicas, levando soluções ao governo através do diálogo, do bom senso. As melhores soluções foram alcançadas, construídas de forma conjunta. O resultado veio nos últimos 10 anos, quando a arrecadação do ICMS em Santa Catarina teve um dos maiores crescimentos do Brasil.

Por que este diálogo foi interrompido no novo governo estadual?

Eu não entendo. Não sei por que foi interrompido. Tentamos por várias vezes conversar com o novo governo. Não conseguimos estabelecer uma relação de diálogo. Acredito e torço para que o novo presidente do Sindifisco consigam estabelecer uma nova relação de diálogo com o novo governo. O papel relevante de nossa categoria para o Estado recomenda que o governo dialogue com os auditores fiscais.

O que ocorrerá se o governo cortar a indenização dos auditores?

É uma situação muito séria que precisa ser trabalhada com muita calma e muita prudência. Usamos nosso veículo na atividade funcional, como instrumento de trabalho, com repercussão direta na arrecadação do Estado. Queremos nos envolver nesta questão, com diálogo construtivo, para solução positiva dos dois lados, sob pena de termos impacto negativo na receita do ICMS em Santa Catarina. Em 2018, foram feitas 385 operações em campo, portanto, ações de rua com nossos veículos.

E se a indenização for cortada pelo governo?

Se não pudermos usar nossos veículos, as operações não serão realizadas ou o Estado terá que disponibilizar veículos com motoristas nas 15 Regionais da Fazenda. Se cortarem a indenização, a arrecadação vai cair, porque os fiscais vão trabalhar exclusivamente dentro do gabinete. O flagrante fiscal não vai mais acontecer, com risco de aumento da sonegação. A presença da fiscalização dentro do estabelecimento é fundamental. Por isso, a importância de um diálogo com o governo.

O senhor tentou audiência com o governador Carlos Moisés?

Já foi solicitada. Mas até hoje não fomos atendidos.

E com o secretário da Fazenda, Paulo Eli?

Também não. E ninguém me deu explicação.

Via NSCTotal – Coluna Moacir Pereira