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De acordo com o Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais, o crescimento de 3,9% revela a aceleração da economia estadual no segundo trimestre de 2019

Sexta maior economia do país de acordo com recente levantamento do PIB (Produto Interno Bruto) com dados de 2017 feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Santa Catarina tem motivos para querer mais. Depois de perder fôlego no primeiro trimestre de 2019, o índice da atividade econômica do Estado voltou a crescer, conforme estimativa da SDE (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico Sustentável).

De acordo com o Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais, elaborado mensalmente pelo economista da SDE, Paulo Zoldan, o crescimento de 3,9% para o período revela a aceleração da economia estadual no segundo trimestre. O índice foi calculado com base nos indicadores de 12 meses encerrados em junho e comparado com o mesmo período anterior.

O mesmo indicador estimado para o período encerrado em março apontava crescimento de 2,9%, e em dezembro de 2018, de 3,6%. O Brasil cresceu 0,96% no mesmo período, um pouco abaixo da taxa de 2018, de 1,1%. As expectativas sobre o PIB brasileiro para 2019 passaram por sucessivas revisões para baixo, o que frustrou as expectativas da sociedade.  Mas apesar do crescimento lento da economia nacional, Santa Catarina desponta como um dos estados de maior crescimento nos últimos meses.

Segundo o Boletim, Santa Catarina consegue manter a menor taxa de desemprego do país e ainda ampliar a oferta de empregos formais graças à economia diversificada e um ambiente de negócios competitivo.  Os números explicam as expectativas positivas de empresários como na intenção de consumo das famílias. Nos dois casos, o índice de confiança do catarinense é maior do que a média do Brasil. O endividamento do catarinense também está bem abaixo da média da família brasileira.

Desta forma, as expectativas para o segundo semestre, período de maior dinamismo da Economia, apontam para um aumento da atividade econômica.  Aliado a isso estão as ações políticas que envolvem as reformas da Previdência Social e Tributária e de outras medidas de estimulo à economia, como a liberação de recursos do FGTS e PIS/Pasep.

Confira os números positivos de vários setores da Economia catarinense e de arrecadação do governo do Estado que indicam o crescimento da atividade econômica de Santa Catarina:

CARNES

O crescimento das exportações acima da média nacional ao longo do semestre incrementa os abates.  Vendas de aves = +34%  + Vendas de suínos= +36% = 32% do total exportado.

AGRICULTURA

Com uma safra menor, o índice de preços da agricultura estadual apurados até junho de 2019 teve alta de 6%, compensando em parte o declínio da produção. A comparação é com a média dos preços recebidos pelo produtor no mesmo semestre de 2018. Vendas = – 18,7%

PECUÁRIA

Os preços tiveram uma alta maior, justificada por um maior ajuste entre oferta e demanda, pela recomposição de custos de produção e o aumento expressivo nas exportações. A média do semestre=  + 13,1% (em relação a 2018).

INDÚSTRIA

Apresentou forte retração entre 2014 e 2016, mas desde então se recupera e está entre as que mais crescem no país. Tem a 3ª maior taxa de crescimento no país e nos últimos 12 meses até junho cresceu 4,5%, enquanto a média nacional teve retração de 0,1% no período.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Com uma melhora na oferta de crédito e aumento na venda de imóveis, o crescimento iniciado em meados do ano passado se intensificou. As vendas no varejo de materiais de construção e o número de novos postos de trabalho abertos no segmento confirmam está tendência.

SERVIÇOS

É o maior setor da economia e o que mais gera empregos. Passou por longa retração e foi o último a sair da crise. Agora cresce acima da média tanto estadual, como nacional. O desempenho da economia estadual permite ao setor uma recuperação mais rápida e sustentada.

COMÉRCIO

É o maior subsetor dos serviços e vem em desaceleração desde o primeiro semestre de 2018, mas apresenta um crescimento robusto.  No comparativo de 12 meses até junho, o comércio estadual foi o 2º que mais cresceu no país.

TRANSPORTES

O setor também está em aceleração e apresenta crescimento acima da média do setor de serviços.

EMPREGOS

A formalidade em SC cresce acima da média nacional, com 3,1% até julho, enquanto no Brasil esse percentual é de 1,4%.  61,6 mil novos postos formais foram criados nos últimos 12 meses (até julho de 2019).

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)

O somatório das receitas tributárias, contribuições patrimoniais, industriais, agropecuárias e de serviços, transferências correntes e outras receitas voltou a crescer em julho, após dois meses de queda, com R$ 2,1 bilhão, 6,1% maior do que o arrecadado em julho. Na comparação com agosto de 2018, houve um crescimento de 8,6%, mas nos últimos 12 meses encerrados em agosto, houve um crescimento de 12%, que se deve ao crescimento de 12,4% das receitas correntes e de 13,2% das deduções.

ARRECADAÇÃO DE ICMS

Registrou crescimento de 9% em relação a julho, com R$ 1,977 bilhão. Em relação a agosto de 2018, teve um crescimento de 8,9%, o segundo do ano abaixo dos dois dígitos.

RECEITA X DESPESAS

O déficit de RS 111 milhões em julho é inferior ao do mesmo mês de 2018, quanto atingiu R$ 146,9 milhões. Nos seis primeiros meses de 2019, cinco deles a diferença foi superavitária.

RCL X DESPESAS

A evolução demonstra um claro crescimento das despesas acima da evolução da RCL.

DESPESAS COM PESSOAL

Com limite máximo de 49% da RCL para gastos com pessoal, a variável evoluia próximo a esse limite desde 2017, mas apresentou queda acentuada no primeiro quadrimestre de 2019.

INVESTIMENTOS

Cada vez mais limitada, a capacidade de SC em 2018 atingiu 5,75% da RCL (R$ 1,3 bilhão) ficando na 12ª colocação no país. Em 2019, até agosto já foram investidos 2,6% da RCL acumulada até agosto, ou seja, R$ 430,2 milhões.

Via Notícias do Dia