Como a crise econômica continua, contrariando expectativas de que seria retomado o crescimento no terceiro trimestre deste ano, tanto o presidente Michel Temer quanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, passaram a a ser mais pressionados. A situação chegou a ponto de o próprio Meirelles ir para a mídia dizer que o cargo do ministro não está ameaçado, de reconhecer que o fim da crise está mais difícil e que o governo vai anunciar um pacote de medidas para incentivar a virada na economia.Uma nova cartada do governo é, enfim, tentar colocar na mesa a tão esperada reforma da Previdência.

Ontem foi o dia para apresentar as propostas à base aliada e a líderes sindicais. Ainda esta semana, deve chegar ao Congresso. As medidas já antecipadas mostram que as mudanças na Previdência vão seguir o bom senso, especialmente na questão da idade mínima de 65 anos para aposentadoria. Afinal, o Brasil é a única ¿jabuticaba¿ entre os grandes países que não têm ainda uma idade mínima para requerer o benefício.A reforma da Previdência deve acompanhar a limitação dos gastos, via PEC que está sendo aprovada.

Além disso, o governo estuda outras ações para reverter a crise. Os aliados do PSDB já sugeriram elevar a carga tributária, reduzir mais os gastos públicos e diminuir a taxa Selic em maior ritmo. Essa pressão está desagradando o Planalto, mas o fato é que algo precisa ser feito mais rapidamente.governo

 

Via DC – Coluna Estela Benetti