Com o propósito de cumprir um mandato tampão, a pedido do governador João Raimundo Colombo, o auditor fiscal, aposentado, Almir José Gorges, assumiu o posto máximo do fisco catarinense, em substituição ao advogado Antônio Marcos Gavazzoni. A função de guardião do caixa mudou um pouco o perfil nos processos, inibindo alguns correligionários que, em mares com tempestade, pouco resolveriam agradar sem poder corresponder com as respectivas verbas solicitadas. A contrapartida estava no fazer o mesmo ou o máximo, com menos, até que se retorne à bonança. Dito e feito. O recado foi estendido às demais secretarias e órgãos do Executivo e, por muitas vezes, sob o comando do também colega auditor fiscal Renato Dias Marques de Lacerda. Na função de secretário adjunto, que por vários períodos vinha ocupando o cargo maior, Lacerda deu seguimento às demandas.

Com a saída repentina de Georges, pois a expectativa era de que ficasse até fins de dezembro, o adjunto retoma a titularidade. O jovem, com 20 anos de experiência na carreira, tem o compromisso de conduzir as finanças estaduais que começam a reagir positivamente. São boas as expectativas. O governo não acabou, tem pela frente um ano e dois meses. Muito do prometido e escrito no plano poderá ser executado. Há que avaliar também outras tantas demandas que, fatalmente, ficarão em segundo plano. Quem sabe, em 2018. Até porque seria arriscado aventurar-se sem se deparar com o rigor da lei de responsabilidade fiscal.

Carta na manga

Num setor vital para o Estado, onde a concentração de responsabilidade é gritante, a tropa não pode ficar à mercê…desse ou daquele nome. Necessária se faz a condução imediata do comando, fortalecendo as ações implementadas. A interinidade significa dizer que o governo tem “carta na manga”, poder de decisão de indicar outra pessoa, sem que Lacerda deixe de dar seguimento ao que até então vem sendo conduzido, ou então reafirmá-lo na função. Aliás, assim como os que o antecederam, vem surpreendendo.

Pessoa certa

E como tudo na vida tem um ciclo, não nos surpreendamos; ninguém é insubstituível, por mais competente e empreendedor que seja. Mas no outro lado, o da sociedade, que precisa de respaldo nas ações, se a troca de comando for necessária, que seja feita sem traumas. O mais importante nisso tudo é que, para sentar na cadeira, a pessoa deve ser dotada de conhecimento da área, com bom trânsito e, claro, de confiança de quem a indicou. Não há mais tempo para apostas. Para continuar acertando o que se almeja, é a pessoa certa no lugar certo.

Reformas pendentes

Continuam os debates em relação às reformas tão sonhadas. Com o aval dos deputados, o governo central sonha com a aprovação de várias reformas, como a previdenciária, a tributária, e agora se fala na da segurança. Pelo andar da carruagem, a aposta no sucesso fica prejudicada, tendo em vista que muita discussão deverá acontecer. Aos projetos, falta clareza, transparência, pois a sociedade anda calejada das “pegadinhas”. Uma coisa é certa, devem acontecer pensando num país de futuro. O imbróglio fica por conta de como fazê-las. É hora de começar a sondar nomes idôneos, competentes, comprometidos para exercerem as funções políticas futuras.

Refletindo

“Novembro azul alerta: é recomendável que os homens acima dos 40 façam anualmente exame de próstata”. Uma ótima semana!

 

Via Coluna Fisco e Cidadania – Por Pedro Hermínio Maria