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O resultado das vendas de veículos novos em janeiro animou os empresários do setor em Santa Catarina. No mês, foram emplacadas 13,6 mil unidades, um aumento de 17,54% na comparação com janeiro do ano passado. Embora o número catarinense no primeiro mês de 2018 tenha ficado um pouco abaixo da média nacional, de 20%, a expectativa é de que o crescimento ao fim deste ano seja maior do que o registrado em 2017. Na ocasião, Santa Catarina teve o terceiro maior incremento do país (8,9%), atrás apenas de Minas Gerais e Amazonas. 

Os números recentes ajudam a amenizar um pouco das perdas acumuladas nos últimos anos. Para se ter uma ideia do tombo, o número de emplacamentos no país caiu de 3,8 milhões, em 2012, para pouco mais de 2 milhões, quatro anos mais tarde. A estimativa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é que somente em 2024 ou 2025 o setor se recupere totalmente e volte aos números de 2012. Diretor regional da Fenabrave-SC para a Grande Florianópolis, Nelson Fuchter Filho destaca que o crescimento deste ano deva ficar na faixa dos 10%, podendo chegar aos 12%, a depender do cenário eleitoral. Ele diz ainda que, desta vez, o aumento das vendas ocorre de maneira espontânea, sem ajudar externas, como ocorreu entre 2009 e 2012 com a redução do IPI. 

— É um crescimento mais saudável, fruto de um endividamento mais consciente. Não vai ocorrer aquela avalanche, em que todo mundo compra ao mesmo tempo e depois as concessionárias ficam vazias. Esse movimento não é bom para ninguém — diz Fuchter.

Esse viés de crescimento mais estável, conta o empresário, é baseado em um maior confiança, baseada nos indicadores macroeconômicos. O ponto de virada ocorreu na metade do ano passado, quando os sinais positivos começaram a sobrepôr os negativos.

Na divisão por regiões catarinenses, o maior destaque de janeiro ficou com o Norte, onde as vendas cresceram 22%. A Grande Florianópolis, por sua vez, teve aumento de apenas 0,58%. O número, no entanto, não é considerado ruim. 

— No ano passado, enquanto muitas regiões continuavam caindo, Florianópolis se mantinha estável. É natural que haja agora um crescimento maior nessas áreas, onde a crise bateu mais forte — explica Fuchter. 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti