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A retomada gradual da abertura do comércio antes de outros Estados durante a pandemia permitiu a Santa Catarina fechar abril com queda de 4,3% no volume de vendas do setor frente ao mês anterior, de acordo com o IBGE. Foi a menor retração entre todos os Estados da federação e a pior de SC desde maio de 2018, quando o setor recuou 5,6% devido à greve dos caminhoneiros.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, SC teve queda de 7,4% e, no ano, o recuo ficou em 1,5%. No volume de vendas do varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o Estado teve queda de 19% em abril frente ao mês anterior, retração de 19,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 5,2% no acumulado do ano.

Em Santa Catarina, o único setor que fechou com alta em abril frente ao mesmo mês do ano passado foi o de supermercados e hipermercados, que teve variação positiva de 13,6% no período. As maiores quedas ocorreram no grupo de livros jornais e revistas (-74,3%), materiais de escritório (-55,6%), tecidos e vestuário (-44%), combustíveis e lubrificantes (-23,9%), móveis e eletrodomésticos (-16,4%) e artigos farmacêuticos (-4,3%).

O Brasil, segundo o IBGE, fechou abril com queda de 16,8% no volume de vendas na comparação com o mês anterior, a maior retração desde o início da série histórica que começou em janeiro de 2000. No varejo ampliado, o país teve recuo de 17,5% frente ao mês anterior.

Em abril, Santa Catarina registrou resultados melhores do que o país porque se antecipou na adoção do lockdown, em 17 de março, e conseguiu iniciar mais cedo a reabertura gradual, embora restrita, de vários setores de atividades. O comércio de rua reabriu em 13 de abril após 27 dias fechado. Na Capital, a retomada do setor foi uma semana depois.

Vale destacar que apesar dessa retração menor que a média nacional do comércio em abril, a economia do Estado, no mesmo mês, teve um forte impacto negativo devido ao isolamento social, como comprovou a retração de 19% da arrecadação do governo estadual no mês. A produção industrial do período frente ao mesmo mês de 2019 teve queda de quase 31%.

Um dos setores mais afetados do varejo foi o consumo de combustível, que mais gera receita de ICMS. Teve queda em abril de quase 24% em volume, mas a retração em receita chegou a 34,3% porque a venda de gasolina, que é mais cara, teve recuo maior. Além disso, o varejo do Estado foi impactado pelo isolamento no mês anterior, março, quando as vendas frente ao mesmo mês do ano passado caíram 5,4% e em relação ao mês anterior, 3,2%.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti