Reforma da previdência, uma batata quente

Disposto a reduzir o rombo das despesas públicas, o presidente Temer pretende, ainda em fins de governo, aprovar a reforma da previdência. Representando algo em torno de 60% do orçamento federal, é o gasto que mais cresce, por conta do rápido envelhecimento populacional. Segundo analistas, se nada for feito, em 2030 chegará a 70% do orçamento, algo, portanto, insustentável.

Para se ter uma ideia, por falta de dinheiro, serviços básicos não ocorrerão. O que já acontece em alguns estados. Por consequência, queda na confiança, no investimento e aumento do desemprego. Para as pretensões do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a aprovação pela metade não resolve. Por outro lado, mexer em assunto tão polêmico e recente não será tarefa fácil. Mas como estará em lua de mel com a população, ao menos nos cem primeiros dias de governo ele vai ter que descascar essa batata quente.

Reforma tributária 
Na linha das ações, o presidente eleito também pretende agir rápido na área tributária.  Para o futuro ministro da área econômica, Paulo Guedes, uma das propostas é a de levar a zero o Imposto de Renda de quem ganha até 5 salários mínimos, com alíquota única de 20% para outras faixas de renda. Propôs também eliminar deduções com gastos com saúde e educação, compensando menores alíquotas para maiores faixas de renda.  Nada ainda muito claro.

Messias lá 
O futuro presidente do Brasil, que tem Messias no nome, promete revolucionar a forma de governar, indicando para os quadros pessoas extremamente técnicas. Deverá encontrar resistências, apesar de ter somente dois partidos na coligação. A nova forma de se fazer política vai forçar os que sempre se utilizaram dessa artimanha para chegar ao poder a refletirem de fato. Alguns não tiveram tempo, pois sequer conseguiram as reeleições. Se o povo o elegeu, esse mesmo povo estará torcendo para que o melhor aconteça. Com certeza, as pessoas estarão vigilantes.

Moisés aqui  
Santa Catarina, a exemplo de muitos estados, optou pela mudança. A partir de janeiro de 2019 quem estará chefiando o executivo será Carlos Moisés da Silva, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, tendo como vice Daniela Reinehr, militar da reserva. Os servidores da Secretaria da Fazenda aguardam quais as medidas que Moisés tomará e com que equipe tocará a pasta mais importante do governo, justo a que está tratando da transição. Acreditam que as cabeças-chave para ditar a economia catarinense sairão do quadro fazendário, que, por sinal, é dotado de excelentes profissionais, corroborando com as afirmações do comandante de que seus auxiliares serão técnicos por formação e experiências e sairão das suas respectivas áreas.

Lições dos pleitos
Como frisávamos na coluna anterior, concluídas as eleições, a vida segue normalmente, ainda que tenha ficado alguma mágoa em virtude de posições ideológicas. Ficou provado que de nada serviram as críticas, calúnias, atitudes prepotentes. O que o povo quis foi sepultar a velha política da promessa ou do sobrenome. Foram tantas as lições tiradas dos pleitos, que servirão para os futuros pretendentes a ocupar qualquer função ou cargo público.

Dia do Servidor 
Aproveito para saudar a todos os servidores públicos, cuja data foi celebrada em 28 passado, e que tenham como bandeira o respeito com o trabalho e o comprometimento com a coisa pública.

Refletindo

“Que os vitoriosos sejam fortes para enfrentarem os desafios e os derrotados humildade e sabedoria, pois estarão fazendo parte da mesma tripulação”. Uma ótima semana!

Via Coluna Fisco e Cidadania – Por Pedro Herminio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual SC