Mais quatro horas e meia de encontro entre o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) e o governador eleito Carlos Moisés da Silva (PSL) foram elucidativos para confirmar a situação financeira do Estado e o já antecipado déficit de cerca de R$ 700 milhões. A herança que Moisés receberá, embora todo o esforço do atual governo em diminuir o custeio, mais os R$ 20 milhões da dívida do Estado, só ratificam um dos temas mais pontuais na campanha, a necessidade uma urgente reforma administrativa. Mesmo que saiba que eliminar cargos comissionados que consomem poucos 0,01% dos gastos da máquina pública assim como a extinção das 35 agências regionais, o que não substituirá as gerências regionais de saúde, educação e da agricultura, obviamente em menor número, o governador eleito correrá contra o tempo para construir uma nova configuração à sua administração. Curioso é que, se pretende assumir o cargo com esta estrutura menor, Moisés precisará que o governador Eduardo Pinho Moreira envie a peça à Assembleia e que um parlamento que teve mais da metade dos integrantes não reeleitos (55%), da atual legislatura, para votar a matéria. Paradoxalmente, os atuais governistas e o deputado Gelson Merisio (PSD), que detém ainda muito poder na Assembleia, serão os responsáveis pela aprovação da reforma administrativa.

 

Via Portal Makingof