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Depois de trégua, inflação sobe com mais intensidade

Depois de algumas tréguas, o custo de vida ficou mais pressionado em agosto em Santa Catarina. Com a alta dos combustíveis e da tarifa de energia elétrica, a inflação subiu 0,46% no mês passado, apurou o Indice de Custo de Vida (ICV), calculado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc Esag).

A maior pressão veio dos custos dos transportes, grupo que teve alta de 2,79% em agosto. O reajuste das tarifas de energia elétrica pela Celesc, de 3,62%, também ajudou na alta de preços enquanto o grupo de alimentos e bebidas teve queda de -0,40% no mês.

A alta dos transportes pesou porque os vários custos subiram. Os combustíveis tiveram alta de 3,61% (4,5% da gasolina e 5,3% do diesel) em agosto, o transporte público subiu 4,04%, as passagens aéreas tiveram alta média de 16,35% e o custo de veículo próprio avançou 1,99%.

No acumulado do ano, a inflação medida em Florianópolis mas que pode ser considerada para todo o Estado, subiu 3,90%, e nos últimos 12 meses, cresceu 4,92%.

O segundo grupo que mais cresceu foi o de habitação, com alta de 1,03% em agosto. Foi puxado pela energia elétrica residencial (3,61%), que teve reajuste anual no mês, artigos de limpeza (2,94%), aluguel e taxas (0,28%) e reparos (0,34%).

Entre os nove grupos de produtos pesquisados pela Udesc-Esag, quatro tiveram alta. Então, além de transporte e habitação, subiram os grupos de saúde e cuidados pessoais (0,18%) e educação (0,05%). Tiveram queda, além do grupo de alimentos e bebidas, os grupos de despesas pessoais (-1,21%), vestuário (-0,99%) e artigos de residência (-0,64%). O grupo de comunicação não variou.

No caso dos alimentos, os produtos sazonais puxaram os preços para baixo. As frutas recuaram -4,8%, tubérculos -4,5%, leite longa vida -4,8%, além de aves e ovos -4,06%. Já carnes e peixes industrializados subiram 1,74%.

No acumulado do ano, o grupo de transportes foi o que mais subiu (7,37%), seguido por educação (6,46%), e artigos de residência e comunicação, os dois com alta de 5,18%.

O ICV da Udesc Esag segue a mesma metodologia do IPCA do IBGE. Isso significa que se a mesma média for registrada no Brasil, a inflação do país subirá acima do esperado pelo mercado. Isso porque o IPCA-15, que é uma prévia, subiu 0,28%.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti