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Diante de uma previsão de alta de até 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano, causou surpresa a taxa do indicador do segundo trimestre em -0,1% divulgada pelo IBGE enquanto o mercado esperava 0,2% ou mais. Mas essa retração foi reflexo de crises como a continuidade da pandemia, inflação alta, problemas políticos e falta de chuvas.

Em função da profunda queda de 4,1% em 2020, a alta deste ano será certa, mas os dados sinalizam pibinho para 2022.

No começo deste ano, a projeção era de alta em torno de 3,5% do PIB do ano que vem, mas o otimismo vem caindo e algumas consultorias já estimam 1%. Até o governo de Santa Catarina ficou mais cauteloso para a expansão local neste ano e projeta algo igual à do Brasil, mesmo diante de números maiores que a média nacional até julho.

Segundo a pesquisa sobre atividade econômica do Banco Central, SC teve resultado positivo no segundo trimestre. Cresceu em abril 0,91% frente ao mês anterior e, nessa comparação, teve alta de 0,56% em maio e de 0,36% em junho.

As principais influências positivas do PIB nacional foram as do setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB e cresceu 0,7%, do consumo do governo com alta de 0,7% e consumo das famílias, que ficou estável. A agropecuária recuou -2,8%, a indústria teve queda de -0,2% e a formação bruta de capital fixo (FBCF), que representa os investimentos, recuou -3,6%. No acumulado de quatro trimestres até junho, o PIB nacional cresceu 1,8%.

Passados oito meses de 2021, a conclusão é que a política segue contaminando muito a economia brasileira. As crises criadas pelo presidente Jair Bolsonaro elevam o dólar e inibem reformas que causam alta na inflação e derrubam investimentos. E assim o país segue fora dos trilhos. Apesar disso, SC tem condições de crescer mais do que a média do Brasil em 2022.

Vuia NSCTotal – Coluna Estela Benetti