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A retomada do crescimento da economia de Santa Catarina foi vigorosa após o fundo do poço da pandemia no segundo trimestre de 2020. Nos últimos 12 meses encerrados em junho deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado teve um crescimento acumulado de 9,1%, aponta a estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Segundo o IBGE, o Brasil teve crescimento acumulado de 1,8% no mesmo período, ambas as série com ajustes sazonais.

A projeção catarinense é feita pelo economista da SDE, Paulo Zoldan, com base em dados IBGE, do governo estadual, Banco Central e outras fontes. Segundo ele, que elabora o boletim econômico do Estado, entre os setores que puxaram o desempenho de SC para cima estão os serviços. Na série de 12 meses encerrados em junho, eles cresceram 8,4% no Estado enquanto a média nacional ficou em 0,4%. É o setor que mais pesa na geração de riqueza. 

Nessa mesma comparação, a indústria catarinense teve crescimento acumulado de 15% enquanto a nacional avançou 7,7%. Outro destaque estadual no período foi o varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, com alta de 10,7% enquanto a média brasileira ficou em 7,9%.

A agropecuária de SC encerrou o período anualizado até junho com retração de -0,6%, puxada pela queda de 4% da agricultura enquanto a pecuária cresceu 3,4%. O resultado só não foi pior porque os preços das commodities subiram. Entre os dados estaduais, Zoldan considera o da arrecadação, que tem registrado crescimento recorde. Em 12 meses até junho teve alta de 17,1% enquanto a inflação do mesmo período acumulou variação de 8,35%.

Um dado que representa a síntese do bom ritmo da diversificada economia de SC é o do emprego formal. O Estado tem alcançado o maior crescimento na abertura de vagas no país proporcionalmente ao tamanho da economia. Em 12 meses até junho, elevou a geração de vagas formais em 11,4%. Em novembro do ano passado já havia alcançado a média pré-pandemia, informou a SDE.

O resultado dessa série de 12 meses ficou bem acima da encerrada no primeiro trimestre deste ano, que teve resultado positivo em 2,9%, sob o impacto do isolamento social do segundo trimestre do ano passado.

Com esse desempenho até junho, mais o crescimento registrado em julho e agosto, o terceiro trimestre também será positivo e Santa Catarina deverá encerrar o ano, mais uma vez, com PIB acima da média nacional. Isso apesar das dificuldades resultantes do dólar alto, que eleva a inflação, juros, e derruba investimentos, inibindo expansão do emprego.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti