Os números do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 nos Estados, divulgado ontem pelo IBGE, mostram o peso da recessão causada pelo governo de Dilma Rousseff nas unidades da federação. Todas tiveram resultado negativo. Santa Catarina, como os números sinalizavam, teve queda de 4,2% naquele ano e fechou com PIB de R$ 249 bilhões. A taxa de desemprego mais baixa do país, em torno de 6%, dava uma sensação de que o problema não era tão grave no Estado, mas como SC não é uma ilha, o impacto por aqui foi maior que a média nacional de 3,7% de queda.

A situação foi difícil porque a economia catarinense, forte na indústria, mesmo com perfil exportador, não conseguia competir no exterior devido ao dólar baixo. Como concentrou as vendas no mercado interno e esse encolheu com a recessão e entrada de importados, as dificuldades cresceram. O agronegócio exportador não foi suficiente para um resultado melhor, como ocorreu no Mato Grosso do Sul e Roraima, onde a queda em 2015 foi de apenas -0,3%.

Se SC não é ilha no PIB geral, Brasília é ilha quando se olha o PIB Per Capita. Graças aos altos salários fora da realidade do país e pagos com impostos de todos os brasileiros, o Distrito Federal fechou 2015 com renda per capita de R$ 73.971, valor 2,5 vezes maior que a média nacional, que ficou em R$ 29.326. A renda per capita dos catarinenses seguiu em quarto lugar, com R$ 36.525, atrás do DF, SP e RJ. Alcançar uma melhor distribuição de renda deve ser uma das prioridades do país.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti