A Dívida Pública Federal (DPF) registrou alta de 1,8% em termos nominais na passagem de agosto para setembro, somando R$ 2,734 trilhões. Pelas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF), alteradas há dois meses, o endividamento deve oscilar entre R$ 2,65 trilhões e R$ 2,8 trilhões em 2015.
O Tesouro Nacional apontou ainda que a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,44%, ao passar de R$ 2,551 trilhões em agosto para R$ 2,588 trilhões em setembro.
No caso da Dívida Federal Externa, o montante foi de R$ 145,89 bilhões (US$ 36,72 bilhões) no nono mês deste ano, o que representa um aumento de 8,62% na comparação com agosto.
Em setembro, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 75,45 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 62,01 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 13,45 bilhões. Desse total líquido, R$ 13,43 bilhões referem-se à Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e o restante, à emissão de Dívida Pública Federal Externa.
O percentual vincendo da dívida interna em 12 meses ficou em 24,11%, contra 25,99% em agosto. O prazo médio da dívida interna fechou em 4,47 anos, em comparação a 4,43 anos em agosto. Já o prazo médio da dívida externa passou de 7,2 anos para 7,15 anos.

Considerando a metodologia “Average Term to Maturity”, que permite maior comparabilidade do Brasil com outros países, a vida média da dívida pública federal saiu de 6,56 anos em agosto para 6,61 em setembro.
Investidor estrangeiro
A participação do investidor estrangeiro na dívida mobiliária federal interna caiu em termos percentuais em setembro, para 18,85%, ante 19,14% em agosto. Foi a quinta redução consecutiva. Em valor absoluto, foi de R$ 488,51 bilhões para R$ 487,97 bilhões.
As instituições financeiras encerram o mês respondendo por 25,36% da DPMFi, contra 25,48% em agosto. Os fundos de investimento recuaram sua participação de 20,53% para 20,08%. As instituições de previdência fecharam setembro com 20,88%, em comparação aos 20,11% de agosto. O governo manteve sua fatia em 5,77%. Já as seguradoras aumentaram sua participação de 4,07% para 4,38%.

Composição da dívida
A participação de papéis pós fixados na DPFMi subiu em setembro e chegou a 22,62%. Um mês antes, era de 22,4% em agosto. Na dívida total, essa fatia teve aumento de 21,28% em agosto para 21,42% um
mês depois.
Pelas metas estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), esses títulos devem apresentar percentual de participação entre 17% e 22%, considerando a DPF.
A fatia de papéis prefixados saiu de 43,26% da DPMFi em agosto para 43,18% em setembro. Considerando a DPF, os papéis prefixados encerraram o mês respondendo por 41,37%, ante 41,59% em agosto. O PAF estabelece intervalo de 40% a 44% para esses papéis. Os títulos indexados a índices de preços, por sua vez, terminaram setembro com 33,48% da dívida interna, ante 33,67% em agosto, e os ativos corrigidos pelo câmbio fecharam em 0,72%, em relação ao 0,67% um mês antes.

 

Via Valor Econômico