Ensino-aprendizagem: uma constante relação

Educadores talvez discordem da afirmativa em relação ao que se relata no conteúdo a seguir. Entretanto, pode-se concluir que a mais importante escola a contextualizar o tema é aquela onde todos, ou quase, pois não se pode ignorar daqueles em que a oportunidade se distanciou; a convivência do lar.
Ainda na adolescência colocações à prova da leitura em público, elaboração de discursos das formaturas, primeiro e segundo graus, entre outros desafios. Posteriormente, na carreira de auditor fiscal, o jornalista Júlio Cancellier (irmão do Cao Cancellier, ex-reitor da UFSC, aquele mesmo em que erros autoritários o levou a tirar a própria vida), cedeu um espaço em seu Jornal Folha da Semana/Tubarão, sucedendo-lhe o jornalista André Leandro, no Folha do Sul, por cinco anos na coluna “Em dia com o fisco”. Projeto que se estendeu ao rádio e à TV.
Início de 2003, o diretor do jornal Diário do Sul, Tomaz Albuquerque, irmão do colega auditor fiscal, in memoriam, Sergílio, lançou o desafio de incorporar ao grupo de colunistas. Foi um parto de oito meses até que se considerasse apto a participar desse conceituado diário gerando conteúdo, de forma atender um nicho de mercado.

20 anos de DS 
E assim, com algumas raras exceções, pelos cálculos em torno de 1.000 colunas trabalhando com temas voltados ao fisco de forma geral ou específica em relação ao Estado, conforme o caso; cidadania, onde podem ser englobados ética, em seus diversos meios de atuação, educação fiscal, orientação, políticas públicas, dicas sutis, enfim, aquilo que se encontra em voga e também aqueles em que pelo esquecimento merecem reacender. Numa atuação diária, impossível, primeiro pelo exercício do cargo de auditor fiscal e, depois, onde buscar conteúdo de forma a satisfazer os leitores?

Gratidão
Agradecimento especial aos diretores, colegas fazendários, parceiros contabilistas e outros que informam sobre os fatos, inspirando com textos, palavras carinhosas estimulando a dar seguimento ao projeto. Leitores assíduos ou esporádicos, com sugestões ou críticas que sempre serão bem-vindas para o aprimoramento, familiares: profunda gratidão. Recém-aposentado, pretende-se dar continuidade nos textos e aguardar que outros, daqui ou de qualquer lugar, possam enfrentar o desafio usando das competências e conhecimentos para seguir a relação consanguínea do ensino-aprendizagem, nos moldes do “fisco & cidadania”.

Malhas fiscais
Tema recorrente, ainda que assuste, deve ser fielmente obedecido pelo contribuinte quando do chamamento pela contabilidade. Fiquem certos de que o puxão de orelha foi precedido de cruzamento de dados, onde o fisco repassou ao contabilista informações que necessitavam de regularizações. Como não foram atendidas, e as razões pouco importam se, por desobediência ou desleixo, as operações de fiscalização batem à porta.

Penalidades 
Desde ontem, foi criada a operação massiva de fiscalização referente aos exercícios 2021 e 2022, as quais serão aplicadas em 15.826 contribuintes, ultrapassando as 20 mil infrações fiscais. Os valores são expressivos: R$ 338,1 milhões, quantia que deve ingressar nos cofres públicos após os trâmites burocráticos. Aconselha-se a não pedir água a políticos, pois tratam-se de ações elaboradas com critérios, de oportunidades ofertadas e não regularizadas. Compete aos auditores fiscais, responsáveis pelas análises e colheita de assinaturas. A meta é concluir os procedimentos até fim deste ano. Lembrando aos que seguiram o ritual que tenham tranquilidade, pois certamente não se encontrarão na lista.

Refletindo
“A pior ambição humana é desejar colher os frutos daquilo que não plantou”. Uma ótima semana!

Por Pedro Hermínio Maria – Auditor Fiscal aposentado da Receita Estadual de SC

“Este é um artigo de opinião, cujo teor é de inteira responsabilidade do autor, e não expressa necessariamente a opinião desta entidade, não sendo, portanto, por ela endossado.”