As exportações de Santa Catarina alcançaram US$ 755,14 milhões em novembro, valor que representa crescimento de 20,28% frente ao mesmo mês do ano passado e de 4,02% em relação ao mês anterior, outubro. No acumulado do ano – de janeiro a novembro – as vendas externas do Estado cresceram 4,48%  na comparação com os mesmos meses do ano passado e atingiram US$ 8,159 bilhões.

A China foi o principal destino dos produtos embarcados pelos portos catarinenses no ano.  Concentrou 16,25% do total faturado lá fora e registrou um crescimento de 46,44% frente ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos, com 15,36% do total e uma pequena retração de -1,15% frente aos mesmos meses de 2017.

O terceiro maior destino de produtos de SC foi a Argentina, com 6,27% do total e queda de -0,14%, seguida pelo México com 4,15% do faturamento total e queda de -9,45%, tendo na sequência o Japão, com 3,84% e retração de 13,48%. No ano, o Brasil foi melhor do que Santa Catarina. Alcançou alta de 9,9% nas exportações, com saldo comercial de US$ 51,775 bilhões. SC teve saldo negativo de US$ 6,255 bilhões, o que não é desempenho negativo, mas resulta do elevado nível de importações dos cinco portos locais. 

Os produtos mais exportados pelo Estado foram a carne de frango, que respondeu por 17,40% do faturamento e teve crescimento de vendas lá fora de 1,07% de janeiro a novembro; soja, que chegou a 10,64% do total e cresceu 26,73%; e carne suína, que somou 6,34% do total e teve retração de -5,55%. Em quarto lugar ficaram as partes de motores, com 4,82% do montante faturado e alta de 4,97%, seguidas de motores elétricos, que responderam por 4,45% da receita e tiveram crescimento de vendas de 1,72%.

As importações catarinenses em novembro somaram US$ 1,356 bilhão, 16,66% mais do que o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, somaram US$ 14,415 bilhões e tiveram crescimento de 24,05%. No Brasil, as importações cresceram 8,05% em novembro e 21,8% no ano. Os principais fornecedores de importações para SC este ano foram a China, Argentina, Chile, Estados Unidos e Alemanha.

As negociações entre os governos dos EUA e China para reduzir barreiras comerciais ou não adotar alíquotas mais duras no ano que vem podem inibir essa expansão acelerada de vendas do Brasil para a China no curto prazo. Mas no médio e longo prazo será melhor para o país porque serão reduzidos os desequilíbrios no mercado mundial e o mercado brasileiro pode não sofrer um avanço de produtos industriais baratos dos chineses.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti