Encontro é uma parceria entre o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e do Banco Mundial

Teve início na tarde desta quarta-feira, 11, o encontro de órgãos de controle interno para aprofundamento dos conhecimentos da metodologia IA-CM (Internal Audit Capability Model) para o setor público. O evento, que é uma parceria do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e do Banco Mundial firmada em 2014, tem objetivo de desenvolver e fortalecer o controle interno no Brasil.

Nesta primeira fase da capacitação, participam como pilotos Minas Gerais, Piauí e Maranhão. Como validadores estão Ceará, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal e como representantes do Grupo de Trabalho (GT) do Conaci, Santa Catarina e a cidade de Fortaleza. O encontro, que conta ainda com a presença de representantes do Banco Mundial, do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União como mediadores ou instrutores, segue até sexta-feira, 13.

Segundo o representante da Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, o auditor Frederico da Luz, integrante do GT, o objetivo da capacitação é adotar uma metodologia de avaliação dos órgãos e suas estruturas de controle interno. “Na prática significa verificar em que nível os estados se encontram, utilizando, para isso, os principais macroprocessos para essa identificação, criando, em seguida, estratégias de melhoria para que se alcance um nível de excelência”, explica.

O modelo IA-CM trata-se de uma estrutura que identifica os fundamentos necessários para a auditoria interna eficaz no governo, ilustra os níveis e estágios através dos quais uma atividade de auditoria interna pode evoluir e define e implementa medidas de controles, melhorando processos e práticas.

Apresentação dos resultados será em maio

Segundo o auditor Wilfrido da Rocha, também membro do GT, o projeto será continuado nos estados com o levantamento de evidências documentais que suportem as conclusões verificadas. “Teremos o auxílio de uma consultora canadense contratada pelo Banco Mundial que virá ao Brasil no final de abril para acompanhar o trabalho desempenhado pelos estados-piloto e avaliadores. Após essa etapa, os resultados serão apresentados em um seminário do Banco Mundial, que será realizado no final de maio em Brasília, para que se crie condições suficientes para que essa avaliação seja expandida aos demais estados”, completou. Segundo ele, o projeto prevê que se busque também parceiros interessados na melhoria do controle interno, para que se tenha convergência com outras entidades governamentais.

Um dos representantes dos estados-piloto, Eduardo Fagundes Fernandino, subcontrolador de Auditoria e Controle da Gestão do Estado de Minas Gerais, disse estar confiante na eficiência da metodologia, por tudo que foi apresentado. “A capacitação está superando minhas expectativas. A metodologia foi bastante detalhada, bem fundamentada e apresenta os caminhos que os órgãos precisam percorrer para alcançar a excelência. Como estado-piloto, pretendemos, após devida aplicação e avaliação, subsidiar outros estados nessa trajetória de auto avaliação”, ressaltou.

É o que confirma a representante do Banco Mundial, Maria João, sobre a ferramenta que, desenvolvida em 2009, tem se mostrado eficiente nos países em que foi utilizada. “Trata-se de uma metodologia que avalia a capacidade de auditoria e que tem como consequência tornar os estados mais eficientes, ajudando-os na identificação das necessidades e na realização de um planejamento estratégico mais assertivo. Será a primeira vez que a ferramenta será utilizada no Brasil, no nível de controle interno, e isso poderá ter um impacto altamente positivo”, finaliza.

 

Via SEFAZ/SC