Não está fácil derrubar a inflação no Brasil. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central ( Copom), divulgada ontem, sinalizou que a inflação seguirá alta até o final do ano e fechará acima do teto da meta de 6,5% em 2015, apesar da taxa básica de juro Selic já estar em 12,75% ao ano.

Segundo os técnicos do comitê, os juros deverão subir mais porque os preços administrados registrarão variação maior, de 10,7%, pressionados pela alta de energia, que ficará numa média de 38,3% e outras.
O juro maior não vai colaborar para reduzir esses preços, que são reajustados com regras pré- definidas pelos governos federal e estadual, como energia, combustível e IPTU, por exemplo.

Mas reduz a oferta de crédito e inibe o consumo de produtos com preços livres, o que derruba a inflação. Isso é o tradicional remédio amargo pago pela iniciativa privada que, muitas vezes, enfrenta um mercado com concorrência perfeita.

O dólar alto também faz estragos. A inflação oficial dos últimos 12 meses está em 7,7%.
Com tanto arrocho, no ano que vem deve ir para o centro da meta, ou seja, a 4,5% ao ano.

 

Via Clic RBS – Blog Estela Benetti