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Assinatura teve a participação do secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni

O governador Raimundo Colombo assinou nesta quarta-feira, 17, em Florianópolis, convênio no valor de R$ 999,9 mil, com o Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA). Os recursos serão aplicados no Projeto Procurando Caminho: Resgatando Vidas através dos Esportes de Aventura e de Oficinas de Geração de Trabalho e Renda. Também participaram o secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, e o secretário-executivo de Supervisão de Recursos Desvinculados, Celso Calcagnoto.

O projeto ajuda adolescentes e jovens de comunidades empobrecidas envolvidos com a criminalidade e o narcotráfico na superação do estado de vulnerabilidade e risco social. Ele proporciona o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, além de preparar para a inserção ao mundo do trabalho. O CCEA é uma entidade não governamental, com sede em Florianópolis e que faz parte da rede Instituto Padre Vilson Groh.

“Essas entidades têm um compromisso espiritual, humano e solidário extraordinário. Ao longo de muitos anos, o trabalho se desenvolveu e ganhou qualidade técnica e credibilidade junto à sociedade. E esse apoio financeiro é um reconhecimento a esse serviço tão importante para nossa população”, disse o governador.

O Procurando Caminho é desenvolvido há sete anos com parcerias com o Governo do Estado e o município de Florianópolis. O projeto já beneficiou mais de 11 comunidades, atendendo cerca de 1,8 mil adolescentes e jovens com idades entre 13 a 29 anos. Foi reconhecido como a melhor iniciativa social de Santa Catarina no ano de 2013, ganhando o prêmio ANU, oferecido pela Central Única das Favelas (Cufa).

Como principais resultados desse trabalho, estão a redução da mortalidade dos jovens, a retomada do processo de escolarização de cerca de 90% dos participantes, o afastamento do narcotráfico e a inserção em cursos de profissionalização.

Conforme o presidente do CCEA, Eriberto Meurer, a essência do Procurando Caminho se dá na oportunidade do jovem praticar esportes radicais e de aventura como meio de substituição da sensação de poder conseguida através do uso de drogas, do narcotráfico e do envolvimento com a criminalidade de modo geral.

“Com a prática de esportes radicais, o jovem aprende a lidar com seus próprios limites e, a partir disso, desenvolver sua transformação pessoal. As atividades em meio à natureza também despertam no jovem a capacidade de “acalmar” as angústias e a estabelecer uma nova relação consigo mesmo, com os colegas e com o meio ambiente”, explicou o presidente.

Ele acrescentou que o projeto oportuniza ainda o acesso à inclusão digital e ao ingresso nos programas de preparação para o trabalho por meio de outros serviços do CCEA. As modalidades do esporte de aventura são escolhidas por terem sido de maior interesse dos jovens em edições anteriores do projeto.

O presidente do Instituto, padre Vilson Groh, informou o projeto é muito importante na área da prevenção. “Um jovem, num projeto social, custa em torno de R$ 260 por mês, um jovem na área de ressocialização, com menos de 18 anos, está custando R$ 1 mil, e um jovem no presídio custa R$ 2 mil. Então, toda a nossa discussão de impacto e beneficio é para gerar oportunidade nessa área da juventude”, afirmou Groh, salientando que o Centro Cultural foi fundado em 1998, no Maciço do Morro da Cruz, na região central de Florianópolis.

Procurando Caminho em números:

anastacia projeto

Via SEFAZ/SC