A leve retomada da economia ainda não aparece nas receitas da indústria catarinense e a continuidade da crise tira o sono dos empresários do setor apesar dos dados sobre produção serem um pouco melhores. No período de janeiro a agosto, o setor registrou queda de 10,6% das vendas frente aos mesmos oito meses do ano anterior. A pesquisa foi realizada junto a quase 200 grandes e médias empresas pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc). Foram apurados dados de 16 setores e desses, 15 tiveram retração de faturamento no período. As maiores quedas foram registradas em produtos de metais (28,5%), móveis (24,8%), equipamentos de informática, eletrônicos e óticos (14%), confecções e acessórios (12,3%) e alimentos (11,7%).

Os números sobre as vendas são piores do que os de produção industrial levantados pelo IBGE. No acumulado de janeiro a agosto, a produção do setor teve redução de 4,7% frente ao mesmo período do ano passado, um pouco melhor do que o do primeiro semestre, quando ocorreu retração de 5,7% na mesma comparação. Em agosto, a produção do setor registrou alta de 1,8% frente ao mesmo mês de 2015 e há sinais de evolução positiva da produção no acumulado dos últimos 12 meses. Em março, na comparação com os últimos 12 meses, o resultado era de -8,4%. Em, a retração frente a 12 meses ficou em 6,7%.As exportações também foram melhores do que a média de vendas.

No período de janeiro a setembro, as empresas do Estado registraram retração de 5% em receita (dólar) nas vendas lá fora frente aos mesmos meses do ano passado e somaram US$ 5,64 bilhões. As importações tiveram queda bem maior em função da recessão brasileira. Caíram 25% nos portos do Estado e somaram US$ 7,57 bilhões.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti