A oferta de novos empregos foi o ponto de maior destaque da indústria catarinense este ano. As empresas do setor fecharam o período de janeiro a outubro com o maior saldo de vagas no Brasil: 26.791 novas contratações, um acréscimo de 3,9% frente aos mesmos meses de 2013.Em segundo lugar ficou Goiás com 13.943 novas vagas. A produção do setor teve queda de – 1,9% na mesma base de comparação e as vendas registraram recuo de -0,8%. Os dados foram avaliados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Glauco José Côrte, que fez um balanço do setor para a imprensa hoje à tarde. Para 2015 que vem, o empresário projeta crescimento de 1,5% a 2% para a indústria do Estado, apesar de todas as projeções do governo e do mercado financeiro indicaram expansão do PIB inferior a 1% no período.  

– Eu acredito que no ano que vem o PIB brasileiro pode crescer algo como 1,5% porque o setor privado reage rapidamente. Para o PIB de Santa Catarina, estou prevendo em torno de 2% a 2,5% de crescimento, a mesma média deste ano – afirmou Côrte com base no índice de atividade do Banco Central (IBCR), apesar de prever um ano duro para gastos públicos.

Para ele, essas medidas mais rígidas de controle das contas públicas sempre causam um impacto positivo. Côrte avalia que os nomes escolhidos até agora para a nova equipe econômica da presidente Dilma – Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Armando Monteiro (Desenvolvimento, indústria e Comércio) e Kátia Abreu (Agricultura) – elevaram o índice de confiança do mercado. Mas, além disso, é necessário uma política econômica comprometida com essas mudanças.

Apesar de a indústria de SC ter registrado números negativos de produção e vendas, eles foram melhores do que a média nacional de janeiro a outubro que ficou em -3% para produção e -1,7% para vendas. Outro ponto alto de SC foi a construção civil, que registrou até outubro acréscimo de 9,9% no total de empregos enquanto a média nacional teve expansão de apenas 2,3%. Conforme Côrte, essa alta está mais ligada às construções de prédios residenciais e comerciais, especialmente para a classe média. O segmento de obras de infraestrutura registrou queda no mesmo período.

 

Via Clic RBS – Blog Estela Benetti